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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis, 132 anos

Teresópolis completa nesta quinta-feira, 6 de julho, seu 132º aniversário de emancipação político-administrativa. Data marcada em tempos idos por festas de inaugurações de obras e desfiles cívico-militar, esse ano não teremos inaugurações porque obras não vem sendo feitas há cinco anos, nem desfile dos alunos, seja na avenida Feliciano Sodré ou no Parque Regadas. Os motivos do cancelamento do desfile de aniversário, o governo não informou. Na Educação, alegaram falta de dinheiro para comprar material de papelaria para a confecção dos cartazes e, na Câmara, se falou que o prefeito não deixou fazer o desfile por medo de manifestações, dos que são contra a venda da água e dos próprios servidores da Educação, que vivem crise interna com a má gestão da pasta.

Tempo de comemorações ao longo do mês, ao longo do mês de julho até dos piores governos que tivemos, o dia 6 esse ano é uma data sem maiores expectativas. O futuro que se avizinha não parece próspero. Sem dinheiro para pagar os fornecedores, empresas contratadas vêm abandonando as obras pela metade e os fornecedores já se esquivam de entregar mercadorias por conta da insegurança quanto ao recebimento. Para piorar, o prefeito que nenhuma obra fez para ilustrar com festas de inaugurações o mês de aniversário do município, como faziam os ex-prefeitos, mesmo os piores que tivemos, Vinícius começou o mês com a obrigação de acabar com o lixão, não conseguindo na justiça nem concretizar acordo que fez com o INEA, que empurraria com a barriga a decisão do TJRJ, com quem tem obrigação urgente sob pena de descumprimento de ordem judicial. Vinícius Claussen não conseguiu, também, postergar o pagamento dos precatórios como queria. Embora tenha conseguido decisão favorável, nesta terça-feira, 4, de parcelar a dívida de R$ 295 milhões até 2029, a justiça exige que o mau pagador pague as prestações vencidas ao longo dos meses em que ainda ficará na prefeitura. E, para piorar, contrariando as previsões, o resultado do Censo 2022 mostrou que a população de Teresópolis encolheu de 185.829 para 165.123 habitantes, representando diminuição em torno de 13% dos repasses de recursos federais de agora em diante.

Previsíveis ou não, as dificuldades do momento, no entanto, não devem representar desânimo. Os percalços e problemas arranjados não podem tirar o brilho da cidade sede do futebol pentacampeão do mundo e capital nacional do montanhismo, ainda mais no mês de seu aniversário. Cercada por três unidades de conservação, os parques nacional, estadual e municipal que envelopam a cidade, Teresópolis é o berço da agricultura no país, nossa mais pujante economia. Foi aqui, nas terras altas da Serra dos Órgãos, que surgiu o hábito do veraneio e a cidade, embora bastante mudada, encanta tanto aos visitantes hoje como encantava antes, graças ao desenvolvimento da gastronomia e da hotelaria, e do seu comércio forte, onde se tem de tudo com qualidade e preço. Inédito mau feito do governo, não teve desfile dos alunos esse ano, mas ano que vem pode ter, porque a água já terá sido vendida, ou não, e a crise da Educação terá passado; sendo garantido que no ano seguinte ao que vem terá desfile porque não há mal que perdure para sempre. E o lixão já terá acabado, a dívida dos precatórios finalmente estará sendo regularmente paga, e outros problemas vão distrair a nossa atenção.

Teresópolis é tudo de bom, feliz aniversário para Teresópolis então.

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Edição 24/10/2024
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