Maria Eduarda Maia
Conhecido por ser o santo casamenteiro e o pai dos pobres, Santo Antônio é uma importante figura para o catolicismo brasileiro e ainda mais para Teresópolis, por ser um dos padroeiros do município, sendo comemorado com muitas celebrações pela comunidade católica. Como de costume, a festa do ‘santo casamenteiro’ dura 14, sendo os 13 iniciais de preparação para o Dia de Santo Antônio, data escolhida para homenagear o da de sua morte, que ocorreu em 13 de junho de 1241. “Este santo é o mais querido do Brasil e talvez de muitas partes do mundo, sem contar Lisboa e Pádua. A preparação para as festas de Santo Antônio sempre começa no dia 31 de maio para o grande dia 13 deste mês. Durante esse tempo tudo está acontecendo em um grande festejo junino”, contou Padre Jorge Medeiros, atualmente à frente da paróquia de Santa Teresa, mas que por muitos anos foi o responsável pela igreja de Santo Antônio.
Durante esta semana, a Igreja de Santo Antônio, localizada no bairro do Alto, segue firme com a trezena do ‘santo pai dos pobres’ com a seguinte programação de missas, todas às 19h: terça-feira (10), com o Padre Rodney Henriques; quarta-feira (11), celebrada pelo Padre Pierre Maurício; e, para encerrar a preparação para o Dia de Santo Antônio, quinta-feira (12), com o Padre Luiz Carlos Vitorino (Luizinho).
A festa encerra no dia 13 de junho, o Dia de Santo Antônio, quando acontecerão cinco missas na Igreja do santo, no Alto: 7h, celebrada por Padre Marcelo Henrique; 8h30, com Padre Antônio Carlos de C. Araújo; 11h, celebrada por Dom Joel Portella Amado; 15h, com Padre Jorge Medeiros; e, para encerrar, às 18h com o Padre Renato Andrade. Após a missa, acontece a tradicional procissão com a imagem do santo pelas ruas do Alto. “Vamos todos lá, para festejar, participar e rezar, pedindo a ele a graça que você almeja para sua vida, família e principalmente rezar pela nossa cidade tão amada e querida de Teresópolis”, convidou Padre Jorge.
Ligação com Teresópolis
A relação do santo com Teresópolis vem de quando nessa região existia um pequeno povoado denominado Freguesia de Santo Antônio do Paquequer. A primeira igreja matriz da então freguesia foi criada em 1855, na antiga Rua Bragantina, localizada em frente de onde hoje temos a Praça Nilo Peçanha, no Alto. Em 1934 foi construída pela família Sloper, em estilo nórdico, uma nova igreja dedicada ao Santo Antônio, na avenida principal do bairro. O aumento das celebrações e no número de devotos estimulou a adequação do templo que hoje conta com amplo e moderno centro de celebrações.
Fama de Santo casamenteiro
A fama de ser um santo casamenteiro foi atribuída após um milagre, mesmo depois da morte dele. Conforme a lenda, uma moça de Nápoles queria se casar, mas não tinha o valor do dote, que como de costume na época, a família da noiva deveria entregar à família do noivo. Foi então que a mulher teria recorrido a Santo Antônio. A divindade teria aparecido e lhe dado um bilhete que deveria ser entregue a determinado comerciante. No bilhete estava escrito que o trabalhador desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do bilhete. Julgando irrisório o peso do bilhete, o comerciante aceitou, mas, quando colocou o bilhete num dos pratos da balança, foi preciso que se colocasse no outro 400 escudos de prata. O comerciante logo se lembrou o que havia prometido a Santo Antônio no mesmo mês.
