Como já alertado pelo Diário recentemente, o período natalino não é sinônimo somente de solidariedade, reflexão e amor ao próximo. Muitos estelionatários se aproveitam desse clima caloroso e da liberação do décimo terceiro salário para tentar lucrar ainda mais. No início da semana, mais uma teresopolitana foi vítima de golpe aplicado através da internet. A moradora do bairro do Corta Vento realizava a venda de um iPhone 15 ProMax através da plataforma Mercado Livre quando caiu nas garras de um estelionatário, ficando com prejuízo de R$ 3.800,00. De acordo com o que está sendo investigado pela Polícia Civil, após um período de negociação, o suposto comprador teria efetuado o pagamento através de cartão bancário, e, mesmo sem receber o comprovante, ela foi convencida a liberar o aparelho “para pontuar no score do Mercado Livre”.
Logo em seguida chegou ao endereço da vítima um motoboy, cadastrado em famoso aplicativo de entregas, para buscar o telefone celular. Somente um período depois que o jovem foi embora, sem receber nenhum comprovante de pagamento e ser bloqueada pelo comprador, ela constatou que havia caído em um golpe. Através das redes sociais, a moradora do Corta Vento conseguiu contato com o motoboy, que a acompanhou até a 110ª Delegacia de Polícia para a confecção do registro policial e passar os dados de quem recebeu o iPhone.
Importante frisar que a plataforma de vendas não tem relação com a fraude realizada através da negociação feita entre suposto cliente e a vendedora. Além disso, o ML oferece serviços de reclamações pós-venda e estorno do dinheiro em casos de insatisfação por parte do comprador, devendo ser acionado o sistema para reclamação em casos de golpe – além da confecção do registro em unidade policial, como fez a moradora do Corta Vento. Nesse caso específico, fica o alerta de nunca liberar o produto antes da confirmação que o dinheiro está na sua conta.
“Filho fake”
Outro golpe recorrente é a do “filho fake”, onde o estelionatário envia uma mensagem se passando pelo familiar, dizendo que trocou o telefone por algum motivo e, momentos depois, entra o pedido de ajuda “por ter tido o cartão bloqueado”. A última vítima é um morador do bairro do Alto, que acreditando estar falando com seu filho fez a transferência de R$ 1.500,00 para um desconhecido.
Fraude no entulho
Já um morador do Bairro de Iúcas acreditou estar falando com uma empresa que trabalha com a remoção de entulhos, fez uma transferência no valor de R$ 180 e não teve o serviço realizado, constatando que havia sido bloqueado pelo número após o período que havia sido indicado para a coleta dos entulhos. O contato da suposta empresa e a conta que recebeu o dinheiro foram indicados no registro policial.
Sites falsos
Em um dos casos comunicados nos últimos dias, por exemplo, a vítima informou ao plantonista da PCERJ que havia entrado em um site que supostamente seria do Botafogo com a intenção de comprar um presente de Natal do Glorioso, que acaba de se sagrar campeão da Libertadores da América. Porém, a página acessada por ele, apesar de parecer, não tem ligação com a do clube carioca. No final das contas, ele ficou no prejuízo em R$ 221,04. Outro caso comunicado na delegacia local envolve uma compra supostamente feita no site das Casas Bahia, causando prejuízo de R$ 1.800,00. Esses são apenas dois dos muitos exemplos que se deve ter muita atenção na hora de acessar sites ou links enviados através das redes sociais. Além de verificar se o endereço é o verdadeiro, desconfiar de valores abaixo do praticado no mercado. No caso da camisa do Botafogo, por exemplo, na página do clube e na fornecedora de material esportivo, custa R$ 349,00. Dessa forma, o preço encontrado pelo teresopolitano que acreditou na “promoção” estava muito abaixo do sabidamente comercializado.