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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis registra quase 300 casos positivos de Covid-19 em dois dias

Número de confirmações no município vem batendo recordes semanais sucessivos e Bairro São Pedro tem maior alta

Em Teresópolis, enquanto o número de casos confirmados de Covid-19 vem batendo recordes seguidamente com ocupação de leitos de UTI acima de 90%, sem uma fiscalização atuante nas ruas, muitas pessoas continuam andando sem máscara e fazendo aglomerações. Nesta quinta-feira (28), o município registrou mais 120 casos positivos da doença e atingiu a marca de 294 confirmações em 48 horas (com os 174 da quarta-feira), chegando ao total de 4514. No momento em que o município busca a retomada de suas atividades, depois de passar pelo período de paralisação na quarentena, que causou imensos prejuízos para empresas e muitos trabalhadores, há muito que melhorar no combate a pandemia. 
Um dos problemas apontados em Teresópolis é que muitas pessoas relatam que mesmo apresentando sintomas, ao procurarem atendimento no Pedrão não conseguem realizar o teste. O momento é de se prevenir cada vez mais para evitar ficar exposto a uma contaminação que pode se alastrar com ainda mais força por conta da falta de ações verdadeiramente eficientes.
Outra questão importante é que, diferente de outros municípios, Teresópolis não adota medidas simples que ajudariam a reduzir a propagação do novo coronavírus, mesmo tendo já recebido cerca de R$ 30 milhões para a área da Saúde. Muitos municípios adotaram, por exemplo, ações itinerantes onde a população local pode fazer exames auxiliando aos governantes na adoção de estratégias de enfrentamento à Covid-19, por meio dos dados obtidos. Um bom exemplo deste tipo de trabalho é Guapimirim onde os profissionais de Saúde aproveitam para conversar com a população sobre a importância do uso de máscaras de proteção, da higienização constante e correta das mãos, de sair de casa apenas se houver necessidade e de evitar aglomerações, já que a pandemia ainda acabou.
O número de pessoas que perderam a batalha contra a doença é outro preocupante. Já chega a 109 o total de teresopolitanos em óbito. Até esta quinta-feira havia 29 pessoas internadas em leitos de Unidades de Tratamento Intensivo contratados junto aos hospitais particulares do município, em um total de 31 disponíveis e gerando 93,55% de ocupação. Em leitos clínicos, eram 27 de 43 contratados (62,79%). O novo coronavírus já chegou a 91 bairros ou localidades, sendo os cinco com o maior número de casos até o momento: São Pedro (397 casos e 18 mortes), Bonsucesso (290 casos e três mortes), Várzea (289 casos e nove mortes), Alto (175 casos e quatro mortes) e Barra do Imbuí (156 casos e quatro mortes).

Dinheiro tem
Desde o mês de abril, o município de Teresópolis recebeu R$ 29.230.477,17 para gastos extras da Prefeitura nas ações de enfrentamento à pandemia dentro do Plano Municipal de Contingência contra o Coronavírus, assim como recompor parte das receitas comprometidas com a queda na arrecadação municipal. São verbas federais, estaduais e municipais, usadas para manter o funcionamento de todas as estruturas ampliadas e criadas para atender a população, como os cinco centros de atendimento e testagem em atuação no município, na cidade e no interior. De acordo com dados divulgados pelo governo nessa quarta-feira, as despesas totalizam R$ 25.533.609,65 com a contratação de novos leitos, aquisição de equipamentos, de testes rápidos e de medicamentos estão entre as despesas com as aquisições emergenciais, acompanhadas pelo Gabinete de Crise e as equipes técnicas das secretarias de Administração, de Controle Interno, de Planejamento e de Saúde. Os procedimentos são disponibilizados no Portal da Transparência Covid-19 no site da Prefeitura (https://licitacao.teresopolis.rj.gov.br/corona/).

Fiscalização?
Sempre que o número começa a crescer, a prefeitura, no lugar de anunciar medidas mais rígidas, incluindo reforço na fiscalização de medidas de segurança sanitária, ignora o problema ou divulga “dados positivos”, mesmo que seja uma informação diante de outras dez que deveriam gerar preocupação e ações mais enérgicas. 
Novamente, cobramos da prefeitura um posicionamento em relação às denúncias de falta de fiscalização em vias públicas ou estabelecimentos comerciais, com cada vez maior número de pessoas fazendo aglomeração e deixando de usar máscaras, além de lojistas ignorando a obrigatoriedade de oferecer álcool em gel ou controlar o número de clientes nas casas comerciais. Desta vez, a assessoria de comunicação respondeu com a seguinte nota: “As ações fiscalizatórias continuam permanentes e a ocupação de leitos é monitorada permanentemente. Caso seja necessário, o Município pode abrir novos leitos”.

 

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Edição 26/11/2024
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