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Teresópolis registra quinta morte por febre amarela

Técnicos dos setores de Saúde e Zoonoses da Prefeitura de Teresópolis participaram de uma reunião com representantes da Secretaria de Estado de Saúde. O encontro aconteceu nesta quinta-feira, 8, na sede da Secretaria de Saúde do município, na Tijuca. O surgimento de um quinto óbito na localidade de Vieira teria sido o estopim para que novas estratégias fossem tratadas pelas autoridades visando frear o avanço da doença no município.

André Oliveira

Técnicos dos setores de Saúde e Zoonoses da Prefeitura de Teresópolis participaram de uma reunião com representantes da Secretaria de Estado de Saúde. O encontro aconteceu nesta quinta-feira, 8, na sede da Secretaria de Saúde do município, na Tijuca. O surgimento de um quinto óbito na localidade de Vieira teria sido o estopim para que novas estratégias fossem tratadas pelas autoridades visando frear o avanço da doença no município.

Para acompanhar as ações realizadas em Teresópolis, a Secretaria de Estado de Saúde enviou a técnica Cristina Giordano, gerente do Setor de Zoonoses fluminense. Antes de se reunir com os técnicos e equipes de campo, a especialista foi apresentada aos jornalistas e demais presentes na reunião.

Toda a movimentação da área de Saúde teria sido provocada pela constatação da quinta morte provocada pela febre amarela em Teresópolis. Um morador da localidade de Vieira, que estava internado no Rio de Janeiro, não resistiu às consequências da doença e morreu. Com isso o município contabiliza sete casos confirmados da doença e cinco óbitos.

Durante a reunião, o técnico em Vigilância de Saúde Ambiental, Antônio Reimol, apresentou um mapa do município de Teresópolis onde identificou as áreas com casos da doença, óbitos, presença de primatas e ainda a constatação de vetores. Segundo ele, a estratégia de combate à doença será concentrada nas áreas com maior registro de casos.

 Troca de experiências

De acordo com o secretário interino de Saúde de Teresópolis, Carlos Dias, o encontro não serviu somente para treinamento dos agentes locais. Na verdade, foi uma troca de experiências entre município e estado. “Nós viramos, de certa forma, um modelo para o Estado em função da cobertura que temos superior aos 100% do público alvo. Nós ultrapassamos essa margem em cerca de 30 mil pessoas. Aqui não tem surto ou problemas mais graves, apesar dos casos registrados”, detalha. 

Dias revela que a atenção atualmente se dá nas divisas do município. “Na verdade temos que continuar trabalhando com as barreiras e fronteiras da cidade em função de que nem todos os nossos moradores se vacinaram. Estamos mantendo a busca ativa e indo ao encontro das pessoas em locais mais ermos. Isso é feito apesar da nossa topografia acidentada e de todas as dificuldades encontradas normalmente”, garante.

Estado parceiro

O secretário interino admite que o Estado do Rio tem sido um parceiro importante no combate ao avanço da doença. O apoio vem através do envio de doses da vacina dentro das necessidades de trabalho que surgem com a demanda da Secretaria de Saúde. “Essa compreensão e parceria é que proporciona essa troca técnica que estamos fazendo aqui com o Setor de Zoonoses e a Vigilância de Saúde do Estado. Estamos conversando para melhorar questões de combate, formas de ação, estratégias e aprendendo mais questões da doença”.

Carlos Dias reconhece que as estratégias de vacinação em massa contribuíram para que os números da febre amarela não fosse ainda mais alarmantes em Teresópolis. "É um trabalho que vem desde 2017. Foi criada uma programação de vacinação. O governo enfrentou isso com responsabilidade e se não fossem tomadas as medidas de precaução e de prevenção, viveríamos hoje uma situação muito difícil. Infelizmente tivemos óbitos, mas o trabalho continua. É uma rotina difícil, já que não podemos obrigar as pessoas a se vacinarem. Por isso tentamos gerar uma condição de consciência, de informação que justifica essa busca ativa e a ampliação dos postos. Nada disso seria possível sem o trabalho de divulgação e de conscientização realizado pela imprensa". 

Dois sobreviventes da doença

Internado com febre amarela no Hospital dos Servidores do Estado, o paciente Dinei Aristidis Pimentel, de 50 anos, recebeu alta ontem e já está em casa. Morador de Água Quente, o agricultor estava hospitalizado desde o dia 28 de janeiro com febre alta, vômitos e tosse. Apesar da gravidade de seu estado, Dinei apresentou melhoras com aumento das plaquetas e queda das transaminaes, sintomas que reduzem a gravidade do seu estado de saúde e permitem a recuperação em casa, com o acompanhamento ambulatorial de pneumologia e monitoramento de exames.

Outro que foi diagnosticado com febre amarela e se recupera bem, em casa, sob os mesmos cuidados, é Antônio da Cruz Vieira, morador de Soledade, na divisa do município com Sumidouro, provavelmente onde foi registrado o caso.

A recuperação de Dinei de Água Quente e Antonio de Soledade vem sendo muito comemorada entre os amigos. E não é sem motivo. Números da doença mostram que a metade das vítimas da picada do mosquito infectado não tem a mesma sorte, elevando a 50% de obitos entre os vitimados pelos mosquitos transmissores da doença. (WP)

 

 

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Edição 23/11/2024
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