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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresopolitano mantém universidade na França

Gabriel Lopes explica série de exigências para conseguir licença operacional em outro país

Gabriel Lopes, cidadão teresopolitano, proprietário da Logos University International (UniLogos), instituição com sede em Paris, tornou-se o primeiro brasileiro a dirigir uma universidade francesa de educação a distância reconhecida pelo Ministério Francês da Educação Nacional, Ensino Superior, Pesquisa e Inovação. Lopes explica que o caminho para abrir e operar uma instituição de ensino superior na França envolve uma série de exigências que asseguram padrões elevados, equiparando-se aos das universidades públicas. Este controle rígido visa garantir qualidade e transparência, protegendo o interesse dos estudantes e preservando a integridade do sistema educacional francês.
Lopes esclarece como funciona o processo de regulamentação e os desafios enfrentados para operar uma instituição educacional na França. “O sistema educacional francês é extremamente criterioso, especialmente para instituições privadas de ensino a distância. O governo impõe diretrizes rigorosas que buscam garantir que as organizações mantenham padrões de ensino elevados, comparáveis aos das instituições públicas, assegurando que o currículo esteja alinhado com os programas declarados e devidamente credenciados. Além disso, a regulamentação exige que cada aspecto da estrutura educacional esteja em conformidade com o Código de Educação, como qualificação do corpo docente, métodos de ensino e estrutura organizacional, todos com a finalidade de oferecer uma experiência educacional completa e de qualidade”, pontua.
Ainda segundo Lopes, existem vários pontos cruciais e que são avaliados para o funcionamento de uma Universidade de ensino a distância Francesa: “Primeiramente, é exigido que o número de professores qualificados seja proporcional ao de alunos matriculados, para garantir um atendimento de qualidade e que cada estudante receba a atenção necessária. As instituições são ainda submetidas a inspeções regulares do Ministério da Educação, que verificam não apenas o conteúdo educacional, mas também aspectos financeiros, caso haja uso de recursos públicos. É um sistema de controle contínuo e minucioso que assegura a seriedade e o cumprimento de todos os padrões educacionais”.
A estrutura organizacional também é um requisito, a gestão das instituições é fortemente regulamentada. Por exemplo, o gerente deve possuir no mínimo cinco anos de experiência em ensino e qualificações compatíveis com a posição, embora em alguns casos excepcionais, o reitor da academia (órgão regional do Ministério da Educação da França) possa flexibilizar esse requisito, considerando qualificações superiores. Além disso, o reitor da academia (Mistério da educação), supervisiona financeiramente as operações para garantir a conformidade com as normas, podendo aplicar sanções, como a suspensão de licenças, caso a instituição ou seus responsáveis descumpram as exigências.
Ele reforça ainda que o Corpo docente deve possuir qualificações, eles precisam ter diplomas equivalentes aos exigidos em instituições públicas para o mesmo nível de ensino, incluindo tanto professores locais quanto estrangeiros. Professores de fora da Área Econômica Europeia, por exemplo, só podem lecionar mediante uma autorização do reitor da academia. Além disso, tanto professores quanto gestores devem cumprir padrões éticos e profissionais definidos em decretos específicos, o que reforça a seriedade e o compromisso com a educação de qualidade.
O ponto mais importante para Gabriel Lopes é a experiência de aprendizado dos alunos. “As regulamentações francesas são muito voltadas para a qualidade da experiência de aprendizado. Cada programa de estudos deve ser detalhado, indicando o conteúdo do curso, as atividades obrigatórias e a programação das aulas, e também informando o conhecimento prévio necessário para cada nível. Além disso, as instituições são obrigadas a oferecer suporte educacional robusto, como envio de materiais didáticos em tempo hábil e feedback eficaz sobre as atividades dos alunos. Se houver encontros presenciais, o que não é proibido para as Universidade de ensino a distância, as instalações devem seguir normas de saúde e segurança para garantir o bem-estar dos estudantes”, explica. “Operar com esses padrões nos coloca em igualdade com as universidades públicas e reforça nosso compromisso com a excelência educacional, algo que considero fundamental para qualquer instituição que preze pela formação de seus estudantes”, completa.

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Edição 16/11/2024
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