Wanderley Peres
Regular das quartas-feiras desde que foi instalada, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a utilização de recursos no combate à pandemia do Covid-19 em Teresópolis, nesta quarta, 30 de março, não terá entrevistas com convidados, como foram as últimas. Será uma reunião de trabalho, com a definição de novas convocações, análise dos procedimentos quanto aos convocados que não compareceram ao compromisso e, ainda, deliberação, pelos vereadores Marcos Rangel, Teco Despachante e Dudu do Resgate, que são presidente, relator e membro da CPI, sobre a possível mudança do status de alguns envolvidos, já ouvidos, e que passariam da condição de testemunhas para investigados. A CPI que buscar mais esclarecimentos, especialmente sobre os empréstimos de aparelhos respiratórios aos hospitais pela Beneficência Portuguesa, que teria adquirido equipamentos usados e com defeitos, utilizando recursos federais que seriam destinados ao combate à Covid, conforme depoimento de técnico na última reunião.
Na última sessão, de quarta-feira passada, 23, a CPI ouviu Fernando Antônio de Castro, da empresa Medlevesohn e Diego Arruda Rodrigues, representante da empresa Lang & Filhos, quem ganhou o pregão em 16 de junho de 2020, embora tenha oferecido preço maior que seu concorrente, devidamente desclassificado. Os vereadores ouviram, ainda, o representante João Carlos Sampaio, da empresa TecSaúde. Os depoimentos dos dois primeiros, fornecedores de testes de Covid, foram bastante esclarecedores, clareando pontos obscuros e mal-entendidos do depoimento da semana anterior, quando o representante da Multifarma lançou dúvidas quando ao leilão dos testes. A sessão manteve, no entanto, as suspeitas dos vereadores quanto a fragilidade do setor de licitações da prefeitura, que falha nos critérios, permitindo, como provou ter sido, a participação de concorrentes que estariam impedidos de participar do certame.