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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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TV analógica é desligada na quarta-feira, mas Digital ainda não funciona bem

Alguns bairros da cidade estão registrando muita dificuldade com a transmissão, outros sequer podem contar com ele

Anderson Duarte

Quem não lembra da famosa esponja de Bombril na antena para tentar assistir aos canais de TV favoritos? Morador da região serrana conhece bem a dificuldade de se sintonizar com qualidade os canais de TV, pelo menos até que surgisse a tecnologia das antenas parabólicas. Até os locais onde tradicionalmente não se conseguia ver televisão, se podia ter um sinal de qualidade, o que rapidamente gerou um derrame deste tipo de equipamento pelos bairros teresopolitanos. O tempo passou, as operadoras de sinal digital chegaram apresentando imagem de DVD no seu aparelho de casa e praticamente tudo mudou. O problema agora era o preço disso, ou seja, essa qualidade toda só para quem tinha condições de bancar. Mas não era possível que tanta inovação tecnológica não fosse privilegiar os menos favorecidos e aí vem o advento da TV Digital em sinal aberto, ou seja, a partir do próximo dia 28, nenhuma emissora transmitirá em qualidade analógica, e o melhor, sem custos para os usuários. Seria a aposentadoria da esponja de Bombril? Mais ou menos!
Enquete realizada pelas redes sociais de O DIÁRIO mostra que em alguns bairros, emissoras importantes estão apresentando muita dificuldade na sintonia, isso quando o sinal existe, pois a grande área do interior do município parece não ter sido incluída na lista de localidades atendidas pela tecnologia. Travamentos, delay, ausência de sinal, são alguns dos problemas técnicos apresentados pelos nossos internautas ao longo da enquete que alcançou perto de quatro mil pessoas. Segundo um técnico consultado pela nossa reportagem, diferente do antigo Bombril na antena, o sinal digital não tem esse tipo de subterfúgio, ou seja, ou pega, ou não pega. Mas, em alguns casos, o sinal não chega aí não tem jeito, não há Bombril que consiga melhorar o sinal. Outro ponto muito criticado pelos usuários é o fato da tecnologia ainda necessitar de antenas antigas e volumosas, já que a antena interna em nossa cidade não tem capacidade de captar o sinal digital em grande parte dos bairros.
Segundo números da entidade que faz a distribuição dos kits de TV digital desde o início do processo de desligamento da TV analógica, mais de quatrocentos mil kits já foram entregues em nossa região que terá o desligamento definitivo até 28 de novembro. Foram quase dez milhões de kits gratuitos distribuídos pelo Governo para quem é beneficiário de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família. O kit é composto por antena digital e conversor com controle remoto, que permitem que televisores antigos tenham acesso ao sinal digital. São sessenta municípios fluminenses que não poderão mais contar com o sistema analógico, e após essa data só será possível assistir à programação da TV aberta por meio do sinal digital. Segundo a ANATEL, além de uma qualidade de imagem melhor, com resolução Full HD, a migração para o sistema digital deveria ser simples, já que o princípio de transmissão da TV digital aberta é bastante similar ao da TV analógica, sendo o sinal transmitido por torres e se propagando pelo ar. Ou seja, as condições climáticas ou a localização podem afetar o sinal, além da proximidade com antenas de telefonia celular que também provoca interferências.
Segundo alguns internautas, o modelo de antena também é importante. Há antenas internas, daquelas pequenas que muitas vezes ficam sobre a TV, e antenas externas, que podem ficar no alto de casas e prédios. A não ser que a pessoa more perto de antenas de transmissão, o ideal é usar o segundo tipo, aliás, em Teresópolis, a interna não funciona mesmo. Outro ponto importante é que também não existe um modelo especifico de antena para TV Digital e os produtos disponíveis são os mesmos conhecidos antigamente como UHF tradicionais, que já existem há décadas e eram sempre adornadas com as esponjas de Bombril. Outro ponto explicado por nosso amigo técnico é que a qualidade da instalação também influencia bastante na qualidade que a imagem terá na sua TV, é imprescindível que se tenha fios de boa qualidade e sem emendas. Uma das maiores queixas apontadas pelos usuários que já instalaram o aparelho conversor ou então tentaram sintonizar o sinal em suas residências tem sido a recorrência das mensagens “Sem Sinal" ou "Sinal Fraco". De acordo com os fabricantes dos aparelhos e das TVs, a medida a ser utilizada é rever a instalação do conversor e notar se está mesmo instalado corretamente. Posteriormente verificar se a antena está bem posicionada e apontada para a torre de transmissão. Em seguida, se ainda persistir o sinal, certificar se os cabos de conexão do conversor com a TV estão corretamente instalados. Mas se ainda assim nada funcionar, a dica é mesmo ter paciência, afinal, se não pegar, não há Bombril que dê jeito.

 

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Edição 23/11/2024
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