O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu o uso de máscaras e o distanciamento social por todos os brasileiros. Essas medidas são defendidas por cientistas e infectologistas desde o início da pandemia. Queiroga falou a senadores em audiência pública na comissão temporária criada para acompanhar as ações contra a Covid-19. “Se todos os brasileiros usassem máscaras, teríamos efeito quase igual ao da vacinação. Então, usar máscara é uma obrigação de todos os brasileiros, [assim como] evitar aglomerações fúteis”, disse o ministro, em audiência pública na comissão temporária criada no Senado para acompanhar as ações contra a Covid-19.
Pouco depois, o ministro reforçou a defesa de ações não farmacológicas para conter a escalada do vírus no Brasil. “Do ponto de vista prático, para conseguirmos reduzir essa calamidade, precisamos investir nas medidas de redução de circulação do vírus. Evitar aglomerações, [promover o] distanciamento social, o uso das máscaras e, a critério de cada estado ou município, de acordo com a situação sanitária, aplicar medidas restritivas mais fortes.”
Queiroga destacou a importância de uma campanha para evitar aglomerações na Semana Santa. “Nós temos que comunicar à sociedade, de maneira clara, que eles têm que colaborar com as autoridades sanitárias para que consigamos reduzir essa contaminação”. O ministro disse que conversou com um representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para alinhar uma campanha de conscientização dos cristãos sobre o uso de máscaras.
A postura de Queiroga agradou aos senadores. Já havia uma demanda do Senado por uma postura mais alinhada às opiniões dos cientistas. “As suas palavras já demonstram o quanto você se diferencia e o quanto a gente precisava ouvir isso, diferentemente do que a gente vinha ouvindo por parte de outros ministros, de tudo aquilo que a gente tinha como expectativa”, disse Daniella Ribeiro (PP-PB). “Eu me senti contemplado com a postura, que esperamos ter do Ministério da Saúde. É a postura de um ministro da Saúde que coloca a ciência no altar necessário ao enfrentamento de uma pandemia. E isso é um bom presságio de que existe esperança de virarmos esse jogo”, afirmou Randolfe Rodrigues (Rede-AP).