O Estado do Rio de Janeiro vive uma baixa procura pela vacina contra a influenza. Desde o início da campanha, em 10 de abril, até esta segunda-feira (29/05), foram aplicadas 2.211.512 de doses, o que representa 27,72% de cobertura vacinal do público-alvo definido pelo plano nacional de imunização do Ministério da Saúde. A meta é alcançar 90% de um total de quase sete milhões de pessoas. Para mudar o cenário, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) convoca a população e reforça a importância da imunização para evitar casos graves e óbitos. As vacinas continuarão disponíveis nos 92 municípios fluminenses mesmo após o fim da campanha, na próxima quarta-feira (31/05).
– Nos últimos anos, muitas pessoas ficaram alarmadas com fake news e, por conta disso, não deram importância para as campanhas. As vacinas são seguras e contribuem muito para evitar casos graves de gripe, com internações, inclusive em CTI e até óbitos. É importante lembrar que a gripe pode provocar uma pneumonia e matar – afirma o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
De acordo com o último levantamento feito pela Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SUBVAPS), entre 1º de janeiro e 6 de maio de 2023, foram registradas 98 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas por Influenza A e B. No mesmo período do ano passado, foram registradas 235 hospitalizações. Importante ressaltar que os dados estão em constante atualização.
O Governo do Estado e a Secretaria de Estado de Saúde vêm promovendo sistematicamente ações para incentivar a imunização contra a gripe. Entre elas estão:
– A secretaria recomendou ações específicas, como estender horários nos postos, realizar parcerias com instituições de graduação e cursos técnicos para ampliar o número de profissionais; adotar unidades móveis e visitas domiciliares;
– A SES-RJ faz mensalmente apresentação das coberturas vacinais e alerta aos municípios para se adequarem às necessidades locais e melhorarem a oferta à população nas reuniões bipartites;
– Há campanhas nas redes sociais sobre a importância da imunização na prevenção de doenças imunopreveníveis e no combate às Fake News, buscando esclarecer a população sobre a segurança dos imunobiológicos e, consequentemente, estimular a sua adesão;
– A pasta recomenda ainda que as Secretarias Municipais de Saúde reforcem a comunicação nas unidades básicas de saúde ressaltando a importância de adesão à campanha e realizem busca ativa do público-alvo;
– Foram feitas reuniões periódicas com as coordenações de imunização, vigilância epidemiológica e atenção primária para esclarecimentos sobre as atualizações do Calendário Nacional de Imunização do PNI/MS e das campanhas em andamento;
– Há capacitações constantes sobre os sistemas de informações para registro dos dados de vacinas, para emissão de relatórios e desenvolvimento de ações nos territórios municipais e para melhoria das coberturas vacinas (avaliação qualitativa);
– Capacitações sobre o geoprocessamento da informação nos territórios, analisando os dados em relação à localização da informação das unidades de saúde, buscando estratégias regionais de intervenção, utilizando-se da implantação das equipes de estratégia de saúde da família, na busca ativa de indivíduos não vacinados;
– A Secretaria incentivou a realização de ações extramuros, tais como visitas domiciliares, parcerias com instituições de influência local, como associações de moradores, lideranças religiosas, universidades e escolas públicas e privadas; assim como a oferta de ações de vacinação fora das unidades de saúde (drive-thru, shopping etc.);
– Repasses para investimentos pelos municípios na aquisição de insumos e outros materiais permanentes para melhoria da estrutura das salas de vacinas e estruturação de sua cadeia de frio (caixas térmicas, freezers, computadores, termômetros, etc.);
– Assessoria técnica através dos canais oficiais de comunicação (e-mails, telefones, whatsapp, etc.) para que os profissionais esclarecessem possíveis dúvidas durante o processo de trabalho.