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Veja como conseguir cirurgia bariátrica gratuita

Criado em 2011, o Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio é hoje a mais importante unidade pública brasileira a realizar o procedimento por meio de videolaparoscopia. São 40 operações de redução de estômago por mês, o que leva a cerca de 500 operações por ano no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Nesses seis anos de funcionamento, o programa realizou mais de 1,8 mil operações.

Criado em 2011, o Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio é hoje a mais importante unidade pública brasileira a realizar o procedimento por meio de videolaparoscopia. São 40 operações de redução de estômago por mês, o que leva a cerca de 500 operações por ano no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Nesses seis anos de funcionamento, o programa realizou mais de 1,8 mil operações. 
De acordo com o cirurgião Cid Pitombo, coordenador do programa estadual, o benefício já atingiu 74 municípios fluminenses, sendo que cerca da metade dos pacientes operados é da capital e os outros 50%, do interior. As mulheres são a maioria: 85%. A média de idade, no total, é de 37 anos. A cirurgia é indicada para pessoas entre 18 e 65 anos, portadoras de obesidade severa, com Índice de Massa Corpórea (IMC) de 35 a 39 ou obesidade mórbida, com IMC de 40 ou mais.
 Quando feita por videolaparoscopia, a bariátrica causa menos transtornos no pós-operatório, já que é o tipo menos invasivo de gastroplastia. A operação leva cerca de 40 minutos e o paciente fica dois dias internado, sem necessidade de ficar no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Para ser operado pelo programa estadual, há um procedimento padrão. Antes da cirurgia, há um rigoroso programa de preparo obrigatório, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que inclui médico, enfermeiro, nutricionista e psicólogo. Nem todos os portadores de obesidade severa ou mórbida podem passar pelo procedimento.
 – Recebemos 220 pessoas por dia. Após a avaliação, elas são divididas em três grupos. O primeiro, de pacientes que tenham doenças associadas à obesidade, mas que estejam sob controle; o segundo é de pacientes com doenças associadas e mal controladas, como diabetes descompensada e hipertensão. Se houver perda de peso e controle das doenças após o acompanhamento do grupo multidisciplinar, esses também estão aptos a passar pela cirurgia. O terceiro grupo é formado por obesos com doenças associadas perigosas. Esses não são operados, mas podem permanecer no programa, com acompanhamento psicológico e nutricional – explicou o coordenador do programa.
 
Pacientes são acompanhados
Quando recebe alta, o paciente do Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio continua com o acompanhamento da equipe multidisciplinar por até cinco meses. O primeiro benefício que se percebe no pós-operatório é o estético, que automaticamente vai refletir na autoestima da pessoa. Sem mais o excesso de peso, vários males podem ser evitados, como hipertensão, diabetes, problemas osteoarticulares, apneia do sono e excesso de cansaço, entre outros. Muitas vezes, também significa a volta ao mercado de trabalho, o que impacta economicamente na família do paciente.
A aposentada Edilene Conceição de Mendonça, de 50 anos, é uma das ex-pacientes do programa que, segundo ela, foi um divisor de águas. Quando se submeteu à cirurgia, em outubro de 2013, Edilene pesava 133 Kg. Hoje, ela pesa 73 Kg, sente-se feliz e renovada. – Tinha baixa autoestima, não me olhava no espelho e nem tinha vontade de sair de casa. Sofria, por exemplo, para passar na roleta do ônibus, ficava envergonhada e cansada. Depois da operação, pequenos gestos, como voltar a cruzar as pernas, viraram momentos de comemoração – contou a aposentada.
Apesar do sobrepeso existir há alguns anos, situação que começou após o trauma de perder um filho recém-nascido, ela só percebeu que precisava reverter esse quadro quando foi alertada pela médica, após alguns exames, que corria risco de vida. O cenário a assustou: gordura no fígado, hipertensão e a um passo de ficar diabética.
Soube, através de uma amiga, do Programa de Cirurgia de Bariátrica. Foi a um médico, que confirmou que tinha o perfil exigido para a operação, e seguiu o procedimento indicado pelo projeto. E ainda hoje faz o acompanhamento. Além da saúde recuperada, Edilene deixa para trás também dias de muita tristeza. – Sofria com o preconceito, que é grande – disse Edilene.
 
Como ter acesso ao programa
1 – O primeiro passo para entrar no programa é procurar uma unidade básica de saúde no município onde a pessoa reside.
2 – Após a avaliação, se for recomendada a cirurgia, o médico solicita uma segunda avaliação na Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica.
3 – Confirmada a indicação de operação, é encaminhado o pedido ao hospital, que entrará em contato com o paciente para a consulta.

 

Imprensa/RJ: A operação leva cerca de 40 minutos e o paciente fica dois dias internado, sem necessidade de ficar no Centro de Tratamento Intensivo

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Edição 14/12/2024
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