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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Vereador apresenta proposta de informatização de atendimentos SUS

Hygor Faraco acredita que poderes precisam respeitar os seus limites legais e trabalhar em harmonia a partir de agora

Anderson Duarte

Nesta sexta-feira, 24, o Jornal Diário na TV recebeu mais um dos novos vereadores recém-empossados em Teresópolis para a série de entrevistas sobre propostas e ações futuras destes suplentes agora sob utilização de um mandato. Hygor Faraco, do MDB, foi o entrevistado da vez e escolheu falar sobre a área da saúde e também com relação ao relacionamento entre Legislativo e Executivo. Para o fisioterapeuta, está na saúde a maior preocupação do município, mas questões pontuais como a harmonia entre os poderes e a geração de emprego e renda, também precisam receber atenção especial por parte do governo. O vereador também alertou para a necessidade de racionalizar o processo de atendimento do SUS no município, como fonte de economia de recursos públicos e facilidade de acesso aos pacientes.
Segundo Hygor, um sonho, mas que precisa ser perseguido como meta, é a implantação de um sistema eletrônico, que unifique os atendimentos realizados pelo SUS no município e que proporcione a gestão da área poder dimensionar aquilo que é efetivamente empregado e que tipo de especialidade ou procedimento precisam ser revistos ou ampliados. Segundo o edil, hoje, não se sabe efetivamente como o dinheiro público da área da saúde é empregado na totalidade. “Acho que uma meta real a ser perseguida no médio prazo é que todas as nossas Unidades Básicas de Saúde, e a UPA, ou seja, as portas de entrada do SUS, e por isso bem mais próximas da população, estejam informatizadas na sua plenitude. Todos os dados de atendimento do paciente, como prescrição de medicamentos, exames e consultas ficariam assim registrados, e poderiam ser consultados em qualquer Unidade Básica de Saúde do município. Além do beneficio mais obvio da qualificação do atendimento, evitando repetição de exames e encaminhamentos desnecessários, teríamos muito mais controle do gasto público. Além de podermos concentrar esforços em áreas que estejam precisando mais”, explica o vereador.
Segundo o edil, existe a necessidade de se criar um cronograma de implantação do sistema de informatização das unidades, ou seja, como a demanda de recursos e o esforço administrativo são significativos, é preciso se buscar parcerias e empresas interessadas em promover essa mudança. Para Hygor, o projeto fará com que seja possível planejar e avaliar melhor as políticas de saúde para o município. “Recente visita que fizemos na UPA, constatamos que de fato os problemas são grandes, mas que somente com o contato direto com quem trabalha, atende na ponta, podemos buscar soluções reais. Quem critica esse tipo de ação não entende que não é para confirmar essas dificuldades que estamos lá, mas justamente para conversar com quem vive esse tipo de problema. Em nome desse atendimento de qualidade que todo cidadão merece ter no sistema público que fazemos nosso trabalho”, enaltece Hygor.
Outra preocupação externada por Hygor é quanto a necessidade de se estabelecer novamente uma ordem de separação dos poderes, na verdade, uma volta da harmonia entre Legislativo e Executivo municipal. “Percebo muito claramente, e disse isso em plenário, que existe hoje uma confusão entre aquilo que é de responsabilidade e atribuição do vereador e aquilo que somente o Executivo pode fazer. Há uma grande confusão, muito fomentada pela própria falta de atuação da classe legislativa naquilo que lhe cabe constitucionalmente, em meio a população. Escuto gente pedindo para gente arrumar emprego, colocar luz, asfaltar rua. Essas são ações Executivas, mas que infelizmente vimos ao longo das últimas legislaturas muita gente do legislativo assumindo pra si essa incumbência. Isso precisa mudar rapidamente. Não dá para continuar tendo o trabalho de uma Casa confundido com o da outra, essa harmonia precisa ser restabelecida, até para que essas atuações não sejam comprometidas.
Com relação a recente audiência pública promovida na sede do Legislativo com os profissionais da área da saúde do município, Hygor lembrou da importância de se valorizar o posicionamento de quem está na ponta. “Tenho a impressão de que a administração pública enxerga o cidadão sempre como uma parte contrária, nunca como sua própria razão de ser. Isso tem que mudar. A função primordial do Legislativo é produzir normas, mas não podemos esquecer que é ele que pode de fato obrigar o Prefeito a agir conforme o ordenamento, mas, sobretudo, conforme os interesses da população. Um Legislativo politicamente controlado pelo Executivo não pode dar coisa boa, pois, neste cenário, o Executivo, que já concentra uma enorme liberdade de ação, age com a certeza de que não terá suas decisões questionadas, isso precisa mudar”, enaltece Hygor.

 

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Edição 21/12/2024
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