Marcus Wagner
A manifestação dos servidores públicos municipais desta terça-feira, 15, repercutiu fortemente na Câmara dos Vereadores de Teresópolis e o apoio ao funcionalismo foi expresso em todos os discursos na sessão. Os parlamentares se mostraram solidários aos trabalhadores que estão passando por um grave momento e garantiram que irão agir sempre em favor dos interesses da categoria. Compareceram nove parlamentares e faltaram Dudu do Resgate, Dedê da Barra e Leleco, este último justificou a ausência por uma questão de saúde.
A vereadora Claudia Lauand destacou que apoia a luta dos servidores por também fazer parte da categoria e elogiou o trabalho da sindicalista Andrea Pacheco à frente do SindPMT. Jaime Medeiros afirmou que também está solidário a todos e que afirmou que já passou da hora de que algo seja feito para resolver a situação caótica. Os parlamentares Roque, Ronny Carreiro e Pasto Luciano enfatizaram que o poder legislativo do município continua sendo aliado para todas as reivindicações dos trabalhadores.
Para Maurício Lopes, o protesto é só o começo: “A manifestação é legítima, os servidores públicos de Teresópolis vem sofrendo há dois meses e meio sem receber salário, sem poder colocar comida dentro de casa, então eles tem o apoio da sociedade e da Câmara dos Vereadores. Eu gostei de ver a solidariedade dos colegas na sessão de hoje em apoio a esse movimento do sindicato dos servidores públicos do nosso município. Passou da hora de sair da zona de conforto e lutar pelos seus direitos. Eu acho que é a primeira de muitas que vão acontecer aqui em Teresópolis porque a gente vem alertando aqui desde o início do ano que o prefeito deveria tomar medidas para evitar esse tipo de confusão, infelizmente ele pagou para ver. Se ele não fizer um planejamento, se não reduzir secretarias, subsecretarias e cargos comissionados, vai ficar cada vez mais difícil solucionar este problema”.
O vereador Leonardo Vasconcellos afirmou que os servidores precisam fazer outras manifestações, pois é a única que os políticos temem e também aproveitou para fazer um apelo ao prefeito para que não retire o ponto de quem participou da manifestação: “É um direito da ampla manifestação e é um pedido nosso que se respeite a questão do ponto porque o servidor hoje veio trabalhar na rua para defender seus interesses. A movimentação da manifestação chama a atenção da sociedade para que as pessoas venham tomar vultos e olhos para esse tipo de atitude”.
Outro momento que chamou a atenção foi quando Milton Da Ponte declarou que agora faz parte da oposição ao prefeito: “O que está me motivando a fazer isso é a covardia com os servidores, o prefeito não escutar ninguém. A Câmara não tem força nenhuma com o prefeito. Com todas as moções aqui nada se realiza, nada acontece, mesmo a gente brigando, o município está afundando cada vez mais. Quando não paga o servidor, isso se reflete no comércio do município, está tudo parado, a cidade está parada. Estou aqui há sete meses pedindo para o prefeito cortar na própria carne, reduzir o número de secretário e subsecretários para mostrar que quer fazer a cidade andar, mas não adianta. Quando a gente está pedindo e o cara não escuta, então tem que dar um jeito e acho que ele só vai me escutar se eu estiver na oposição. Acaba ficando feio para a gente porque ele esta fazendo da Câmara o que ele quer e aqui não é quintal da casa dele. Sou oposição madura a partir de hoje. Não queria chegar a esse ponto, mas agora vamos para a luta”.
Foto Marcus Wagner: Na sessão desta terça-feira, os vereadores declararam apoio aos manifestantes e alertaram para a gravidade econômica e social da situação