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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Vereadores denunciam abuso de poder político em Teresópolis

POTs estariam sendo induzidos a declarar apoio nas redes sociais e exonerados os contratados que não se alinham com candidaturas do governo

Wanderley Peres

Duas graves denúncias contra abuso de poder político na Prefeitura tomaram a sessão da Câmara na sessão desta terça-feira, 3. Segundo o vereador Marcos Rangel, do PP, estariam ocorrendo rompimentos de contratos de trabalho e exonerações de cargos por interesse político eleitoral, e perseguição a servidores simpáticos a candidaturas que não são as apoiadas pelo governo, ou patrocinadas por aliados do prefeito, que tem candidato à sucessão, e tem promovido ações pela candidatura preferida, como entrega de títulos e promessas.

“Essas demissões são covardes, porque a exoneração não ocorre porque se trata de mau serviço prestado pelo contratado ou comissionado, até porque se fosse esse o motivo o primeiro a ser mandado embora deveria ser o prefeito. São demissões covardes, rompimentos de contratos simplesmente por que esses trabalhadores não estariam se engajando em campanhas, e estão fazendo isso com diversas pessoas, por determinação do governo”, disse Marcos Rangel, que viu perseguição do prefeito aos adversários políticos, vereadores da Câmara que buscam a reeleição.

Ao gabinete do vereador André do Gás, também do Progressistas, teriam chegado denúncias de coação a contratado do Programa Operação Trabalho, para compartilhar “coisa de candidato”. André lembrou ainda informação chegada a outro gabinete da Câmara, do vereador Dudu do Resgate, a demissão de uma servidora contratada que há 6 anos atendia no posto da Ermitage, desde que ele abriu, e teria sido mandada embora por perseguição política.

“As denúncias estão chegando ao gabinete, mensagens no celular, mandando fazer isso ou aquilo para candidato. O que eu faço? Estou mandando ir à justiça, e sugerindo que não atenda o pedido do padrinho político que deu a ele o cargo, porque se trata de coação. O POT não pode faltar, não tem férias ou décimo terceiro e recebe quando o prefeito quer, e vai ficar sem receber pelo trabalho que está fazendo agora, porque a Prefeitura, sem dinheiro, deve atrasar o pagamento e mandar os contratados embora depois da eleição. Estou orientando quem reclama comigo que procure o TRE, que mostre a mensagem recebida pelo telefone, ou mesmo ir ao MP, mostrando o crime, porque é crime eleitoral o que está acontecendo nesse governo da covardia”, disse André.

Edição 22/11/2024
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