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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Choque de ordem na Rua Gonçalo de Castro

PM, Civil, Conselho Tutelar e Prefeitura fiscalizaram comércio e ouviram moradores

Marcello Medeiros

Motivo de muitos debates desde o fim de semana, quando grande baderna e até agressão foram causadas por um bando de jovens, a Rua Gonçalo de Castro, no Alto, sofreu ação de choque de ordem. As Polícias Militar e Civil, Guarda Municipal, Juizado de Menores, Guarda Municipal e representantes de secretarias municipais de Meio Ambiente, Saúde e Fazenda, com equipe do setor de Fiscalização de Postura, estiveram no local na quarta-feira à noite verificando estabelecimentos comerciais e ouvindo empresários e moradores de edifícios. A ideia é buscar uma solução que atenda todas as partes e resolva o problema sem causar problemas financeiros ou crimes como o registrado na madrugada de sábado.
“Tivemos reunião em abril aqui na Gonçalo de Castro, que já teve problema desse tipo. Na ocasião todas as partes entraram em acordo, mas voltaram a descumprir o que havíamos decidido. Então nos reunimos com secretarias municipais e fizemos essa grande ação conjunta para buscar uma solução. Além dessa fiscalização de hoje, no próximo dia 23 teremos uma reunião na prefeitura para conversar com moradores e síndicos, assim como comerciantes, para buscar um pacto, para que as coisas se normalizem em Teresópolis”, explica o Comandante do 30º Batalhão de Polícia Militar, Coronel Marco Aurélio.
Na segunda-feira, o Oficial da PM conversou com nossa equipe de reportagem na própria Gonçalo de Castro. Na ocasião, ele lembrou que outros locais onde confusões do tipo eram registradas foram vistoriados e deixaram de funcionar, o que pode acontecer também no bairro do Alto se não houver um consenso. “Temos tido essas reclamações da Gonçalo de Castro, assim como acontecia em um posto gasolina com grande aglomeração na Várzea e Praça Olímpica. Com essas informações adotamos alguns pontos da cidade com olhos mais críticos e operações mais incisivas, para que isso não ocorresse mais ou diminuísse essa demanda de reclamações. No Alto tinha dado uma melhorada muito substancial, mas voltou nesse fim de semana a ponto de acontecer esse crime com essa menina e rapaz no carro, além do dano ao patrimônio. Vamos tentar identificar essas pessoas e propor soluções, em ações em parceria com a Secretaria Municipal de Fazenda e Fiscalização de Posturas. Temos outros pontos a serem fiscalizados, além de denúncias de festas em casas, inclusive com a venda de tickets, gerando problemas e perturbação do sossego. Em Bonsucesso, por exemplo, notificamos e fechamos os bares. Se for preciso, faremos aqui também. Não gostaríamos de fazer isso, de chegar a esse ponto, mas se for necessário nós faremos”, atentou.
O Coronel pede ainda que a população contribua com o trabalho da polícia, fazendo denúncias pelos telefones 190, 2742-7755 e 99817-7508 (WhatsApp). “Esse vídeo postado nas redes sociais, por exemplo, foi de grande utilidade para a investigação, para que possamos reprimir e que elementos como esse sejam identificados e levados para a DP. Destacamos sempre essa importante participação da comunidade, dos comerciantes, para saber o que vamos fazer daqui em diante”.

Comerciantes se pronunciam
Também estivemos naquela via pública nesta quarta-feira pela manhã. Na ocasião, a proprietária de um dos bares relatou que culpar os comerciantes é um grande erro, já que o estabelecimento dela estava fechado quando a briga aconteceu e pede que a polícia tome providências para identificar e prender os vândalos: “Eu acho que foi muito precipitada essa conclusão que o comandante teve porque acho que não é bem por aí. Estou muito triste com isso tudo eu está acontecendo aqui na rua porque meu pai tem esse comércio aqui há mais de 35 anos e é uma coisa que está sem limite. Isso acontece uma vez por semana na rua, os moradores estão hostilizando a gente achando que a culpa é nossa, mas não é. Essas pessoas que vem para cá não são meus clientes, mas eu não posso deixar de atender a eles também. Da porta para dentro eu sei o que faço, do lado de fora eu não posso fazer nada. Eles xingam a gente, tacam garrafa de vidro na gente e são pessoas que trazem bebidas para consumir aqui”, disse Cristiane Moraes.
Ainda de acordo com moradores e comerciantes, a confusão não é causada pelos clientes dos bares da região, mas sim por um grupo que se encontra semanalmente e que já causava distúrbios anteriormente em outros locais, como na Serra e em postos de gasolina do centro da cidade. Eles afirmam que essas pessoas consomem tipos de bebidas que não são encontradas nos bares.  As bebidas estariam chegando até mesmo através de entrega por motociclistas e por isso eles apontam que o correto a ser feito é a realização de fiscalização policiamento na rua.

 

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Edição 14/12/2024
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