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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Ladrões deixam bairro sem telefone mais uma vez

Furto de cabos tem sido frequente e preocupa comunidade às margens da RJ-130

Marcello Medeiros

Mais uma vez moradores do Vale de São Fernando, localidade vizinha à Albuquerque e próxima à estrada Teresópolis-Friburgo, ficaram sem a prestação de um serviço por conta da ação de criminosos. No último fim de semana, ladrão, ou ladrões, subiram em postes e furtaram grande quantidade de cabos de telefonia, cortando ainda outros tipos de fio com o interesse em comercializar o principal material da sua composição, o cobre. De acordo com relato encaminhado à redação o jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV, a situação tem acontecido com frequência naquela região e os moradores estão preocupados que os criminosos passem também a invadir as residências em busca de algo que possa ser revendido. “Está se tornando normal pequenos furtos de toda ordem por aqui”, lamentou um empresário que ficou sem telefone por conta da ação criminosa.
O furto de cabos tem sido frequente em vários municípios e prejudica não somente a rede da companhia responsável pela prestação do serviço, mas também os clientes e a população em geral. De acordo com a Oi, antiga Telemar, no ano passado foram registrados somente no Rio de Janeiro 8.039 casos de furtos de cabos. Nosso estado foi o que teve a maior incidência desse delito em 2017, seguido pelo Paraná (2.401), Rio Grande do Sul (1.529), Minas Gerais (1.287), Bahia (1.129) e Pernambuco (1.114).
A Oi informa que os impactos causados por ações criminosas e por atos de vandalismo acontecem principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul do país. A operadora ainda afirmou que costuma colaborar com os órgãos de segurança pública, fornecendo informações que possam auxiliar nas investigações, sendo que todos os casos de furtos são registrados em delegacias locais, e mantém em funcionamento um canal para denúncias de furto de cabos de telefonia. O número é o 0800 282 5531.

Cadeia para quem compra
Há bastante tempo o número de furtos, não só de cabos, mas de diversos materiais, é grande em Teresópolis. Mas para onde vão parar produtos de todo o tipo retirados de residências e estabelecimentos comerciais, por exemplo? Os ladrões utilizam para mobiliar ou decorar suas residências? Não. Geralmente, tais criminosos revendem esses produtos com preço bem abaixo do mercado. E, mesmo sendo implícito o ato ilícito, muitas pessoas acham estar levando vantagem ao adquirir uma televisão que custa R$ 2 mil por R$ 100… Na verdade, quem comete tal ato é tão bandido quanto aquele que se deu ao trabalho de tomar o bem de outra pessoa. Aliás, a pena prevista no Código Penal Brasileiro para os receptadores é a mesma dos ladrões, de três anos de cadeia.
E ainda se baseando no que prevê a Lei, os que compram produtos de crime ainda podem terminar atrás das grades primeiro do que aqueles que praticaram o furto ou roubo. Caso o ladrão seja identificado fora do período de flagrante, prazo que depende do andamento da ocorrência, mas geralmente é curto, vai continuar em liberdade até julgamento. Já os que forem flagrados portando qualquer objeto de origem ilícita é levado imediatamente para o xadrez da 110ª Delegacia de Polícia, sendo posteriormente encaminhado para unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro. No caso do furto de cabos, responsáveis por empresas de reciclagem que adquirirem materiais de procedência duvidosa podem ter o mesmo destino.
Outro ponto importante a ser observado é que a própria pessoa que incentivou a criminalidade comprando um produto de roubo ou furto amanhã pode ser vítima do mesmo ladrão. É um ciclo criminoso onde todos acabam perdendo, não somente a vítima daqueles que insistem em “ganhar a vida” sem precisar trabalhar.

Furto nas torres de TV
Em agosto passado, bandidos arrombaram salas onde ficam aparelhos transmissores e outros equipamentos de televisão e rádio amador na parte mais alta do bairro da Vila Muqui, danificando inclusive sistemas utilizados na prestação de serviços como resgates e combate a incêndios. Duas das salas instaladas próximas às torres foram arrombadas e vandalizadas, situação que já aconteceu diversas vezes na Vila Muqui. Também ficam no ponto estratégico, que permite repetição do sinal para vários pontos do município, as torres das principais empresas de telefonia celular habilitadas para atuar no estado do Rio de Janeiro. Por conta do grande número de ataques nos últimos anos, uma dessas empresas chegou a contratar, por um período, um segurança para ficar no local na parte da noite. A parte mais alta da Vila Muqui é acessada por uma estrada de terra bastante precária, próximo ao encontro com o bairro de Paineiras. Muito provavelmente, quem praticou arrombamento e furto mora em alguma dessas comunidades.

 

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Edição 05/10/2024
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