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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Economista alerta para atenção com as ofertas dos bancos

Empresários podem se prejudicar mais ainda com algumas condições oferecidas

Paola Oliveira 

No atual momento em que vive o Brasil e o mundo enfrentando a pandemia da Covid-19, outros problemas além da saúde estão surgindo, como a instabilidade econômica que preocupa principalmente os grandes e pequenos empresários. Com o decreto da quarentena, as lojas e empresas estão todas com as portas fechadas. Com isso, não há movimentação do capital, como consequência, os caixas estão vazios. Nessas horas, os bancos oferecem inúmeras alternativas, porém é importante estar atento às condições apresentadas para não acabar se complicando ainda mais no lugar de conseguir uma solução, como ressalta o economista Newton Goleck.
“Como todo mundo sabe, foi declarado a quarentena e muitos empresários estão com problema de caixa, então os bancos estão aproveitando essa situação e fazendo tudo para extorquir os empresários”, conta. “Procurem ver, porque quanto maior o prazo, mais juros será pago”. Nilton, também alerta sobre as propostas espalhadas pela internet. “Está havendo chuva de oferta de dinheiro de banco virtual, não façam isso, não caiam nessa. Porque você nunca sabe se o banco é virtual ou se é um falso perfil” e completa “Procure os bancos, ver o que eles vão te oferecer, se não vão cobrar que você tenha cheque especial, que tenha cartão de crédito, porque isso tudo influencia no custo. Não adianta você pagar 6% ao mês mais 300% de crédito ao ano. Então prestem bastante atenção, pois estão exigindo recebíveis, mas como vocês darão recebíveis de garantia se não estão recebendo nada? Ao invés de ajudar vai piorar a situação”, conclui. 

Senado aprova crédito mais barato
Em sessão remota nesta sexta-feira (24) o plenário do Senado aprovou, por unanimidade, o programa especial de crédito para micro e pequenas empresas, no valor de R$ 15,9 bilhões. O Projeto de Lei 1.282/20, de autoria do senador Jorginho Melo (PL-SC), cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que oferece crédito mais acessível às microempresas com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O texto segue à sanção presidencial.
O projeto já havia sido aprovado pelos senadores, mas na quarta-feira (22) sofreu alterações na Câmara dos Deputados, e foi aprovado na forma de substitutivo da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Ao retornar ao Senado, a relatora senadora Kátia Abreu (PP-TO) apresentou um novo parecer, acatando as mudanças feitas pela Câmara, com ajustes de redação.
Uma das alterações no texto aprovado inicialmente pelo Senado, estabelece que as instituições financeiras que aderirem ao programa entrarão com recursos próprios para o empréstimo, a serem garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB) em até 85% do valor. Também foi reduzido o limite de crédito de 50% para 30% do faturamento, de forma a possibilitar um acesso mais amplo de empresas à linha de crédito. Como contrapartida, há uma exigência de que empresas beneficiadas assumam o compromisso de preservar o número de funcionários. Elas também não poderão ter condenação com trânsito em julgado em processos por irregularidades envolvendo trabalho análogo ao escravo ou trabalho infantil.

 

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Edição 29/11/2024
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