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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Centro municipal de diálise recebe nome do Dr. Robertão

Unidade que homenageia médico e ex-prefeito começou a ser construída no governo Arlei e foi inaugurada por Tricano

Médico, professor, político e, por último, prefeito de Teresópolis, o Dr. Roberto Pinto, Robertão, recebeu nesta segunda-feira (19), uma grande homenagem: A nomeação do conhecido centro municipal de diálise, que passa a se chamar Centro de Terapia Renal Substitutiva Roberto José Pereira Pinto. O pedido foi feito pela Loja Maçônica Teresópolis Primeira, de onde Robertão era membro, e foi atendido e transformado em projeto de lei pelo Vereador Mauricio Lopes. Autor da Lei Municipal nº 3.597/2017, o Vereador Maurício Lopes enalteceu a figura pública de Robertão. “Como vice-prefeito e prefeito, ele representou uma grande esperança para o município, assim como essa clínica representa para todas as pessoas que necessitam de tratamento de saúde”. “É um orgulho muito grande um homem que fez tanto pela nossa cidade, e pertencendo a nossa Loja, ser homenageado dessa forma”, comentou Paulo César Cordeiro, da Loja Maçônica Teresópolis Primeira. Emocionados, os filhos do Dr. Robertão agradeceram a homenagem. “A família toda adorou essa indicação. Desde criança, meu pai dizia pra gente que ele ‘estava’ como político, mas que sempre foi médico, e essa homenagem mostra essa realidade”, agradeceu o filho, Robson Pinto, em nome da família.

Obra foi iniciada durante o governo Arlei Rosa – Arquivo
Quem foi Robertão – Roberto José Pereira Pinto formou-se em medicina em 1975 e se especializou em ortopedia e medicina do trabalho. Casado, pai de quatro filhos, foi professor da Faculdade de Medicina de Teresópolis por 30 anos.  Fundou e dirigiu por 31 anos a tradicional COT – Clínica de Ortopedia e Traumatologia. Foi diretor do Hospital das Clínicas de Teresópolis, da Beneficência Portuguesa e da extinta Casa de Saúde Nossa Senhora Fátima.  Figura pública de Teresópolis, Dr. Roberto Pinto, o Robertão, iniciou sua carreira política em 1982. Foi Deputado Estadual e Vice-prefeito no período de 2009 a 2011. Robertão foi empossado prefeito interino no dia 5 de agosto de 2011. Ele morreu de complicações cardíacas apenas 48 horas depois de ter assumido.

História do Centro de Terapia Renal
Localizado na Tijuca, o Centro de Terapia Renal Substitutiva atende 110 pacientes de Teresópolis e cidades vizinhas. Foi inaugurado em novembro de 2016 pelo então prefeito Mário Tricano – que estava no cargo somente por força de liminar na Justiça. Porém, coube a esse político apenas descerrar a placa de inauguração, tendo a obra sido iniciada no governo Arlei Rosa, três anos antes. Entre 2011 e 2016, os pacientes da diálise enfrentaram grande luta para conseguir tratamento, precisando buscar clínicas no Rio de Janeiro e Itaboraí. A longa viagem, quase que diária, pode ter contribuído para a morte de quase 100 pessoas nesse período. Alguns pontos marcaram a história do setor em Teresópolis:
Novembro 2011 – Vigilância Sanitária suspende o serviço de hemodiálise oferecido pelo HCT – Hospital das Clínicas de Teresópolis e a Prefeitura passa a oferecer transporte para os pacientes até o Centro de Terapia Renal de Itaboraí.
Abril de 2012 – Apesar de executar todas as obras e alterações impostas, a Vigilância Sanitária Estadual, decide tirar a concessão do serviço do HCT, repassando a licença para o Hospital São José.
Setembro 2013 – Pacientes denunciam que foram contaminados pelo vírus da Hepatite C durante o procedimento nas dependências do HSJ, o que levou a nova interdição pela Vigilância Sanitária. A Prefeitura volta a garantir transporte dos pacientes dialíticos três vezes por semana, em três turnos, até o Centro de Terapia Renal de Itaboraí. “Sensibilizado com a situação dos pacientes dialíticos, o prefeito Arlei inicia uma série de reuniões junto a Secretaria Estadual de Saúde com o objetivo de construir uma unidade pública na cidade de Teresópolis”, informou a Assessoria de Comunicação na época.
Novembro 2013 – Prefeito Arlei Rosa consegue a aprovação de verbas para a construção da Clinica de Hemodiálise de Teresópolis. 
Fevereiro de 2014 – Prefeitura remaneja a Defesa Civil de prédio localizado na Tijuca e cede o terreno para a construção da Clínica.
Março de 2014 – Obras para a construção do Centro Municipal de Hemodiálise são iniciadas.
Agosto de 2014 – A fim de adequar-se à nova RDC 11, que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Diálise, publicada após a aprovação do projeto original, a Secretaria de Fiscalização de Obras solicita o aumento do prazo de conclusão para a obra a fim de adequar-se às novas exigências. Tais adequações geram um custo adicional não previsto de 518 mil reais.
Janeiro de 2015 – Prefeito Arlei Rosa se reúne com o novo Secretario Estadual de Saúde e consegue as verbas necessárias ao término da obra.
Maio de 2015 – As obras do novo Centro Municipal de Hemodiálise são concluídas e o novo prédio é entregue para a Secretaria de Saúde. Arlei Rosa perde o mandato e acontece eleição suplementar.


Novembro de 2016 – Então considerado Ficha Suja, Tricano estava no cargo sob força de Liminar e acabou tendo o privilégio de inaugurar o prédio público no dia 29 de novembro daquele ano. O empresário do ramo hoteleiro e imobiliário ficou no cargo até o início de 2018, quando nova eleição suplementar elegeu, para mandato tampão, Vinicius Claussen.

 

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Edição 01/05/2024
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