zDoe Vida, Doe Sangue”. A frase estampada nas paredes do Hemonúcleo Municipal é autoexplicativa. Mesmo assim, muitas pessoas ainda não compreendem a importância de um gesto tão simples e que ninguém – mas ninguém mesmo – está livre de um dia depender dele para continuar vivo. Para tem medo de agulha ou acha que não precisa se voluntariar nesse sentido, uma dica é dar uma passadinha no posto de captação de doadores de sangue do município e dar uma olhadinha no mural com dezenas de fotografias de pessoas que passaram pelo local nos últimos anos e fizeram sua parte. As imagens mostraram vários momentos da história do Hemonúcleo, que este ano completou 18 anos de existência e com muitas histórias de pessoas salvas por conta daqueles que tiraram meia horinha do seu dia para doar… Vida! Atualmente, a unidade precisa urgentemente de sangue “A” e “O” negativos para regularizar os estoques desses dois tipos sanguíneos. Porém, mesmo com o número das demais tipagens sendo considerado bom, as doações são sempre necessárias.
Para doar é necessário ter entre 16 e 65 anos, peso superior a 50 quilos. Adolescentes entre 16 e 17 anos precisam de autorização dos responsáveis legais. Para realizar a doação é preciso apresentar documento de identidade com foto, estar bem alimentado e não ter ingerido gordura nas últimas 3 horas antes da doação, ter dormido ao menos quatro horas na noite anterior, não ter ingerido bebida alcóolica nas últimas 12 horas e não ter fumado ao menos uma hora antes. O Hemonúcleo Teresópolis fica na Rua Francisco Sá, 299, anexo ao Centro de Saúde da Várzea. A coleta é feita de terça a quinta-feira, das 8h às 12h.
Sangue e procedimento
O sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão. A doação de uma pessoa pode beneficiar outras quatro. Segundo Ministério da Saúde, jovens na faixa etária de 18 a 29 anos representam 42% dos doadores no país. Anualmente, em média, 3,3 milhões de pessoas doam sangue e aproximadamente 2,8 milhões realizam transfusão sanguínea no país. Do total de doadores no ano passado, 60% são homens. No Brasil, estima-se que ainda 32% das doações são motivadas por familiares e amigos de pacientes. A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Tipos sanguíneos e fator Rh
Sangue tipo A: é um dos tipos mais comuns e contém anticorpos B, só podendo receber sangue de pessoas do tipo A ou O;
Sangue tipo B: é um dos tipos mais raros e contém anticorpos A, só podendo receber sangue de pessoas do tipo B ou O;
Sangue tipo AB: é um dos tipos mais raros e contém anticorpos A, que pode receber sangue de pessoas de todos os tipos;
Sangue tipo O: é conhecido como o dador universal é um dos tipos mais comum, que contém anticorpos A e B, só podendo receber sangue de pessoas do tipo O;
As pessoas com sangue do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa mas só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue. Por outro lado as pessoas do tipo AB podem receber sangue de qualquer pessoa, mas só podem doar para pessoas com o mesmo tipo sanguíneo. Já, pessoas com sangue do tipo A podem doar apenas para outras do tipo A ou tipo AB, assim como as do tipo B só podem doar para B e AB;
Além do tipo A, B, AB ou O, existe o fator Rh, que determina se o tipo de sangue é positivo ou negativo e influencia na compatibilidade sanguínea. Assim, pessoas com sangue positivo podem receber de pessoas com qualquer Rh, mas só podem doar para outras com sangue positivo. Enquanto se o sangue tiver Rh negativo pode doar para pessoas com sangue positivo ou negativo, mas só podem receber negativo.