Vinicius Lisboa – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
A necessidade de esclarecer os possíveis mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes manterá a cobrança sobre a Polícia Civil e o Ministério Público fluminense. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), com quem Marielle trabalhou, destacou que ainda é preciso revelar a motivação do crime.
“Quem matou Marielle não foi apenas quem apertou o gatilho. Quem matou Marielle foi quem planejou a sua morte, foi quem desejou a sua morte, foi quem contratou, foi quem politicamente desejou eliminar Marielle. É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual o objetivo político e qual a motivação”, disse Freixo.
A irmã da vereadora, Anielle Franco, considerou que as prisões desta semana são um grande passo, e o pai dela, Antônio Francisco da Silva, disse que sua angústia diminui um pouco.
A viúva de Anderson Gomes, Ághata Reis, ponderou que as prisões são só um começo. “O que aconteceu foi muito maior do que a gente poderia imaginar. É realmente um divisor de águas. A prisão desses dois é só um começo, um pontapé. Tem muita coisa ainda para ser descoberta, para que a gente ponha um ponto final no nosso sofrimento. Queremos descobrir o mais rápido se houve um mandante”
A viúva de Marielle, Mônica Benício, afirmou que a solução completa do caso é um dever do Estado com a sociedade, a democracia e os familiares das vítimas. “A gente tem que pensar que mais importante que prender mercenários é responder à questão mais urgente e necessária de todas, que é quem mandou matar a Marielle e qual foi a motivação para o crime. Espero não ter que aguardar mais um ano para ter essa resposta”, disse Mônica.