Anderson Duarte
A Prefeitura de Nova Friburgo e o Centro Universitário Serra dos Órgãos, UNIFESO desenvolvem no próximo dia 7 de novembro na cidade vizinha o seminário sobre Saúde e Desenvolvimento Regional com abrangência para todos os municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro. A ideia surgiu durante o processo de construção de um Acordo de Cooperação Técnica, visando o aprimoramento da formação de profissionais de saúde, quando foi possível identificar várias possibilidades de interação entre o ensino e os serviços públicos de saúde e de outros que contribuem para o desenvolvimento regional. O pró-reitor acadêmico do UNIFESO, professor José Feres Abido Miranda, esteve nos estúdios da DIÁRIO TV nesta semana para apresentar a programação e falar sobre os objetivos do evento.
O objetivo é fazer um levantamento das potencialidades e fragilidades de toda região, subsidiando a construção conjunta de um plano de ação durante o seminário em Nova Friburgo e dando continuidade ao processo com eventos calendarizados. Foram convidados prefeitos e secretários de Desenvolvimento, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Turismo de ao menos dezoito cidades da região confirmadas no seminário, totalizando cerca de cem líderes municipais, todos focados no debate sobre as melhores alternativas de desenvolvimento para a região. “Esta iniciativa está vinculada à percepção de que dificuldades e potencialidades da nossa região podem ser cuidadas com maior eficiência e eficácia quando o poder público e a produção e a aplicação do conhecimento são mobilizados com base em um diagnóstico correto, permitindo intervenções permanentes”, explica José Feres.
A intenção do evento é criar um plano de desenvolvimento regional integrado, ouvindo todas as principais lideranças das cidades, voltado em especial à Saúde, mas também às mais diversas áreas como Meio Ambiente, Turismo, Educação, Ciência e Tecnologia, entre outras. A pedido do prefeito Renato Bravo, o secretário de Ciência e Tecnologia, professor Marcelo Verly, visitou várias cidades vizinhas, como Bom Jardim, Macuco, Santa Maria Madalena, Trajano de Moraes, além de Cantagalo e Cordeiro, a fim de organizar, em conjunto com as demais prefeituras, o Seminário Saúde e Desenvolvimento Regional. O secretário foi recebido em duas cidades pelos próprios prefeitos e nas demais por diversos secretários municipais, convidando-os à participação no Seminário, pois a intenção é criar um plano de desenvolvimento regional integrado, ouvindo todas as principais lideranças dessas cidades, voltado em especial à Saúde, mas também nas mais diversas áreas como Meio Ambiente, Turismo, Educação, Ciência e Tecnologia, entre outras.
“A expectativa é muito positiva! Pude perceber em cada cidade potencialidades, resultados concretos, os chamados ‘cases’, que podem ser divulgados, modelados, espelhados é adotados por outros municípios, e também identificamos oportunidades, as quais, muitas vezes, se associam: o problema de um sinaliza a possibilidade de solução com o apoio de outro. Identificamos muita sinergia, muitas possibilidades de parcerias e acredito que esse seminário terá uma importância muito grande na construção desse plano”, enfatiza Verly. As cidades de São Sebastião do Alto e Itaboraí também ficaram de receber visitas de representantes da Prefeitura de Nova Friburgo. Apesar de Itaboraí não fazer parte dessa região Centro-Norte Fluminense, ela é a sede do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), da Petrobras, que trará uma repercussão muito grande para o plano, considerando que o empreendimento começa a ser retomado e também por Nova Friburgo participar do CONLESTE, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense, que integra essa outra região do Estado do Rio.
Através do COAPES, desde o início deste ano, o UNIFESO e a prefeitura de Nova Friburgo fazem ações que integram o ensino com os serviços prestados na área da saúde pública, impactando positivamente na qualidade da formação dos profissionais desta área e em ações decorrentes. Lá em Friburgo, a parceria ampliou os cenários de prática do curso de Medicina no município, o que reflete diretamente na qualidade e na quantidade de atendimentos prestados ao SUS. “Por evidências de uma pesquisa que fiz, posso afirmar que, ao comparar municípios de portes semelhantes no Estado do Rio de Janeiro, os que dispunham de escolas médicas inseridas no SUS tinham indicadores de saúde melhores do que aqueles que não as tinham. Este estudo, publicado na Associação Brasileira de Educação Médica, ficou conhecido como ‘Escola Médica Inserida no SUS faz Bem a Saúde’. Ele ainda demostra que, mesmo os municípios que tenham um gasto per capita maior com saúde, não necessariamente apresentam os melhores indicadores nesta área”, contou o professor José Feres Abido Miranda.