Anderson Duarte
A Caixa Econômica Federal reeditou as regras da campanha “Quita Fácil”, voltada para aproximadamente 2,5 milhões de clientes pessoa física e mais 150 mil clientes pessoa jurídica com contratos de crédito em atraso na instituição. Por meio da ação, os clientes podem conseguir descontos de até 90% sobre o valor original da dívida, nos casos de pagamento à vista. A campanha tem por objetivo ajudar o cliente a administrar as próprias finanças e poder recuperar a capacidade de consumir a prazo. Somente na área de Atuação da Superintendência Centro Leste Fluminense, que abrange os municípios de Niterói, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Manilha, Maricá, Rio Bonito e as cidades da Região Serrana e Lagos, são mais de 70 mil contratos contemplados que podem ser atendidos em diversos canais. Segundo o banco, a inadimplência é um problema sério e não precisa crescer, por isso a campanha espera combater esses índices tão preocupantes registrados hoje em nossa região. De acordo com a entidade, a campanha é muito atrativa porque permite que o cliente organize sua vida, colocando em dia o que saiu do controle, e se planeje melhor para um ano sem dívidas e com o crédito pronto para os momentos de necessidade.
Desde maio de 2017, a campanha já regularizou contratos de mais de 500 mil clientes pessoa física e cerca de 70 mil clientes pessoa jurídica. O atendimento da campanha Quita Fácil é feito em ambas as agências da cidade e também por meio do site e do telefone 0800-726 8068. A medida vale tanto para pessoas físicas como jurídicas, e é possível participar tanto pessoalmente quanto pela internet. Segundo a Caixa, será possível renegociar dívidas pendentes há mais de 360 dias e as pessoas ou empresas inadimplentes poderão quitar a pendência de forma parcelada ou à vista. Para quem optar pela segunda forma de pagamento, o banco oferece “descontos significativos”, mas não contemplados na faixa de até 90%. O objetivo da prorrogação, além dos excelentes resultados, é aproveitar a época do ano em que se consolidam alguns empregos temporários para fazer acordos. Para participar, basta levar um documento de identificação e o atendimento é totalmente descomplicado para que o cliente consiga solucionar a sua situação e o acordo pode ser fechado, inclusive, no ato do atendimento. Basta que o cliente tenha o recurso em mãos para o pagamento à vista. Os descontos chegam a até 90% da dívida.
A entidade ainda lista algumas dicas para não voltar a ficar endividado. São elas: “Liste todas as suas dívidas em atraso, como cartão de crédito, cheque especial, financiamentos, lojas, cheques sem fundos, condomínio e contas fixas como água, luz, internet, mensalidade escolar etc. Se tiver dúvidas das empresas para as quais esteja devendo, é possível obter a relação das contas em atraso junto aos serviços de cadastro de negativação de crédito”; “Solicite ao credor dados detalhados da dívida, como saldo devedor atualizado, encargos, total de parcelas pagas e faltantes, taxa de juros contratada e período de inadimplência. Essa informação deve ser dada presencialmente ou via Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das lojas e bancos”; “Organize, então, por ordem de prioridade. As primeiras a serem quitadas devem ser as que afastam o consumidor de serviços básicos – como luz, telefone e água –, o cartão de crédito e o cheque especial, com juros altíssimos e que fazem a dívida como um todo crescer sob efeito de bola de neve. Em seguida, devem vir as que o tenham encaminhado para cadastros negativos de consumidores como Serasa e SCPC”; “Veja em seu orçamento o quanto pode dispor por mês para pagar dívidas atrasadas – e nesse caso vale a pena pegar dinheiro da poupança (cujo rendimento é bem mais baixo do que o juro da dívida), alguma renda extra que tenha surgido, como PIS/Pasep ou restituição de Imposto de Renda. Em alguns casos, vale a pena até vender o automóvel para se livrar logo da dívida em atraso. Outra dica é pegar um crédito consignado, que tem juros mais baixos, para quitar uma dívida com juro mais alto”.
E ainda: “No contato com os credores, peça descontos para quitação à vista dos débitos ou retomada dos pagamentos, explicando sua situação de dificuldade em pagar. A nova condição oferecida costuma ser de alongamento do número de parcelas ou abatimento de juros (está é a opção mais vantajosa). Nunca aceite a primeira proposta, mesmo que ele diga que não tem alçada para negociar um valor mais baixo. Faça a sua contraproposta”; “Quando for renegociar a dívida, esteja certo de que poderá pagar o que propôs. Não adianta renegociar e depois começar a dever de novo, pois pode piorar a situação. Uma nova dívida leva o nome para o cadastro de inadimplentes mais uma vez, impedindo de ter acesso a crédito, além de dificultar novas tentativas de renegociação”; “Enquanto recoloca as contas em dia, peça o cancelamento do cartão de crédito e cheque especial até que consiga se equilibrar nas finanças. Também evite novos parcelamentos que possam corroer uma fatia generosa de seu salário” e “Depois que fizer os pagamentos em atraso, certifique-se de que seu nome foi excluído de cadastros negativos como Serasa e SCPC. Pelo Código de Defesa do Consumidor, o nome do cliente deve ser excluído do cadastro de devedores em até cinco dias úteis após ele ter regularizado sua situação”.