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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Da Ponte e Alessandro Cahet querem promover cortes

Dupla do PSDB participa de série de entrevistas com debates sobre a Saúde, os muitos desafios da Gestão Municipal e os Serviços Públicos deficitários

Anderson Duarte

Dentro do compromisso basilar que o Grupo Diário sustenta em seus trinta anos de história com a qualidade da informação e o alcance dos fatos e acontecimentos envolvendo a vida do teresopolitano, está em curso desde o início da semana, uma série de entrevistas com as chapas dispostas pelos partidos para o preenchimento do mandato tampão do cargo de Prefeito provocado pela cassação da chapa Tricano-Dias. Assim, além de conhecerem cada um dos postulantes ao cargo, e os seus respectivos vices, os leitores de O DIÁRIO, bem como os telespectadores da Diário TV, vão ter também a oportunidade de conhecer as propostas destas candidaturas para a cidade de Teresópolis. Todas as nove candidaturas foram convidadas e devem participam em sua totalidade da série utilizando o espaço cedido pelo Grupo Diário para expor suas proposições para a gestão da cidade. As entrevistas são realizadas ao vivo no programa Jornal Diário na TV, na sede do Grupo Diário em Agriões e além da veiculação ao vivo, também serão feitas outras duas reprises e a veiculação aqui em nossa edição impressa, no dia seguinte a participação do candidato.

– Quem são Milton Cezar Da Ponte e Alessandro Cahet

Quem ilustrou o segundo dia de entrevistas com os prefeitáveis nos estúdios da Diário TV foram os candidatos do PSDB ao cargo, o vereador de mandato Milton Cezar Da Ponte e o suplente do cargo de vereador também pelo partido, Alessandro Cahet. Desde que iniciou este tipo de empreitada informacional, nossa reportagem sempre faz um primeiro contato com a história de cada político, ou seja, o quadro pessoal dos candidatos, tais sejam as formações, experiências de vida, áreas de atuação profissional e também cargos que já ocuparam. O administrador Alessandro Cahet, de 41 anos, é profissional da área de gestão hospitalar e dedicou grande parte de sua história de mercado ao Hospital São José, onde já atuou em áreas administrativas relevantes e conheceu de perto muitas dificuldades vividas pela área. Desde a sua primeira experiência nas urnas tem conseguido boa e expressiva votação, sendo a última uma primeira suplência conquistada.
Alessandro é o vice escolhido por Da Ponte para compor uma gestão jovem e pautada em profundas mudanças na máquina pública. Jovem vereador em seu segundo mandato, Da Ponte também foi expressivamente bem votado quando se colocou a disposição da população para o cargo de Deputado Estadual. Na ocasião foram quase dez mil votos dedicados ao seu nome. De origem simples, sendo radicado na comunidade do Morro dos Feos, Da Ponte ganhou esse apelido justamente pelo seu envolvimento com as questões do bairro e por ser um representante de camadas e segmentos sociais jovens sem representação política. O símbolo de campanha, uma mão que retrata o sinal de paz e amor nada guarda relação com o símbolo criado na década de 1960 pelos hippies em protestos contra o governo norte-americano, e quer dizer “é nós”, outra marca da trajetória política de Da Ponte.

– A Saúde de Teresópolis precisa passar por uma severa auditoria

Passadas as apresentações pessoais, o primeiro tema escolhido pela dupla do PSDB, foi também o escolhido pela maioria dos entrevistados até o momento, ou seja, a Saúde e as suas muitas necessidades de intervenção hoje. Aliás, a palavra intervenção é justamente a tônica do discurso dos candidatos tucanos, que esperam promover, caso eleitos, uma verdadeira devassa nos contratos e procedimentos adotados até o momento. “Em primeiro lugar precisamos promover uma completa e complexa auditoria em tudo aquilo que foi feito até hoje na pasta. Não há condições de continuarmos com a qualidade e o preço que pagamos nos serviços de saúde na cidade. Vemos com muita preocupação o estado que chegamos, mas entendemos que não dá para promover nenhum tipo de mudança sem que se audite tudo o que está sendo feito agora, até porque não está funcionando e isso é óbvio. Hoje os trabalhadores da área de saúde estão ficando doentes porque não conseguem dar conta das demandas que recebem, mas não por culpa deles e sim da gestão que não promove as condições que precisa promover, afinal a Saúde é um direito de todos nós, mas é um dever da população”, explica Alessandro que afirmou ser possível racionalizar os mecanismos e processos instituídos hoje na gestão da saúde.
Seu companheiro de chapa é conhecido por perseguir ao longo do seu mandato questões envolvidas com a qualidade do atendimento da população teresopolitana e considera imperiosa uma intervenção. “Quem me conhece sabe que sou um vereador que vou ao local, vou a UPA para ver como está sendo prestado o serviço a nossa população, até porque eu não tenho plano de saúde e quando precisar vou ter que usar o mesmo serviço, acho inclusive que todo político deveria fazer o mesmo. Nestas minhas visitas eu percebo que muita coisa está errada, sobretudo o preço que pagamos. Vamos analisar o contrato com a UPA, por exemplo, milhões de reais apenas para contratar pessoas, se estivem incluídos aí os insumos, e medicamentos, além a manutenção, por um preço mais justo, poderíamos até cogitar utilizar as Organizações Sociais, mas do jeito que está é impossível. Outro exemplo é o fechamento do Pronto Socorro do HCT, isso foi um crime e nós precisamos, com um mandato na mão, lutar para corrigir esse problema sério. Temos que desafogar a nossa UPA, ela precisa ser usada como apoio e não como lugar para deixar gente internada como acontece hoje. Outra medida urgente é respeitar a fila de vagas e internações. Passar gente na frente porque é amiga ou parente de político é inadmissível, temos que respeitar a dignidade das pessoas”, finaliza o tema Da Ponte.

– A Gestão pública precisa sofrer cortes na própria carne

O assunto escolhido pela dupla para o segundo bloco foi a Gestão Municipal e os seus muitos desafios. Com a gestão praticamente falida e com um passivo entre os maiores de todo o estado do Rio de Janeiro, a prefeitura de Teresópolis hoje começa seus anos fiscais com um quadro em vermelho a sua frente, e para reverter esse processo, os candidatos Da Ponte e Alessandro Cahet querem promover o que eles chamam de “corte na própria carne”, ou seja, redução de salários, cargos e também gastos públicos. “A primeira coisa que vamos fazer é reduzir os salários dos secretários, seus subs e também do prefeito e vice. Não há cabimento uma cidade com as dificuldades que estamos vivendo ostentar tantos salários altos como temos hoje. Essa é promessa de campanha sim porque está sendo feita durante uma campanha, mas é compromisso nosso com a população de Teresópolis e os servidores públicos municipais. É necessário cortar na própria carne para poder mudar o que está aí hoje. Tem cargo demais, gente batendo cabeça sem ter o que fazer e a gestão precisando de gente que resolva problemas, traga soluções e ajude a vencer a crise. Outro ponto muito importante na nossa proposta é a valorização do servidor de carreira, ele sabe o que precisa ser feito, conhece bem a máquina e precisa ser ouvido. Vamos dar essa voz aos servidores”, explica Da Ponte.
Ao complementar o candidato a prefeito, Alessandro Cahet lembrou que a prioridade da gestão pública tem que ser o pagamento dos salários em dia e os servidores valorizados. Para Da Ponte, outro ponto precisa mudar e urgentemente, que é o uso correto dos carros oficiais. “Olha, vendo o sofrimento de muitos pacientes que precisam de atendimento médico fora da cidade e precisam fazer essa viagem em condições deploráveis, em contraponto ao uso por parte de muitos secretários municipais dos carros oficiais para se deslocarem no conforto do ar condicionado para baixo e para cima, não posso deixar de me revoltar. Por isso vamos colocar todos os carros oficiais para transportar essas pessoas decentemente. Secretário hoje ganha muito bem, dá tranquilamente para usar o seu carro confortável para fazer seus trabalhos na cidade. Carro oficial é para atender a população e não cargo tão bem remunerado como temos hoje na cidade”, finaliza Da Ponte.

– Serviços Públicos de qualidade para uma cidade justa e segura

Por fim, os candidatos do PSDB escolheram para terminar a entrevista o tema Serviços Públicos e seus agravantes. Segundo a dupla, está nesta pasta a responsabilidade de promover condições da cidade crescer e se desenvolver. Sem a casa arrumada, não há condições de receber ninguém bem, nem de promover arrumações na cidade. “Dentro da área de serviços públicos ressaltamos que a coleta e destinação do lixo são áreas que merecem muito cuidado. Em muitas conversas decidimos que esta seria uma área que não abriríamos mão de um diagnóstico minucioso. Neste momento inclusive, temos uma pessoa técnica lá no lixão para nos traçar as principais ações necessárias para intervenções. Assim como também entendemos que o contrato com a empresa que recolhe o lixo não está sendo cumprido pela empresa, vemos que a prefeitura exige a coleta de quase o dobro daquilo que está em contrato, está tudo errado e precisa de fiscalização. Teremos uma pessoa só para acompanhar o cumprimento desse contrato, isso é imprescindível para a prestação do serviço.”, explica Da Ponte.

 


Ainda na área dos serviços públicos, Da Ponte mostrou uma certidão confeccionada e registrada em cartório com o compromisso de revogar o reajuste da tarifa de ônibus concedido recentemente pela gestão Pedro Gil. De acordo com ele, essa decisão só será revertida se a empresa responsável pelo serviço na cidade instituir a Integração entre as linhas que permite mais de uma viagem com apenas uma passagem. “Não podemos deixar de registrar também que a iluminação pública de qualidade será uma marca da nossa gestão, assim como um enorme mutirão de limpeza dos bairros que promoveremos. A prefeitura vai entrar com as máquinas, tintas e outros materiais e a população vai ajudar na mão de obra para que a gente mude a realidade de muitos bairros que estão abandonados”, enaltece Da Ponte.
 
– Cronograma de entrevistas segue até o dia 29 deste mês

Para garantir que todas as reportagens em O DIÁRIO sejam veiculadas em dia de semana, nenhuma delas será realizada na sexta-feira, cabendo a edição de fim de semana do dia 01 de junho contendo uma compilação de todas as entrevistas realizadas anteriormente. Quanto aos assuntos que poderão ser abordados será dada liberdade aos entrevistados para que decorram sobre uma lista de temas previamente estipulados, obedecendo o limite de três escolhas, uma para cada bloco. Ao final os candidatos terão três minutos para explanações de livre escolha. Todos os vídeos estarão disponíveis no canal do YouTube do Jornal O Diário de Teresópolis em até 24h após a participação. A primeira e mais importante regra determinada pela organização das entrevistas é que determina que cada um dos participantes farão suas interpelações com o intuito, único e exclusivo de expor suas plataformas e projetos políticos para a cidade de Teresópolis, enquanto possíveis candidatos eleitos. As entrevistas serão realizadas obedecendo a ordem de apresentação alfabética ilustrada no sistema de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral e obedecendo ao seguinte cronograma:

17/05, quinta-feira: Luiz Ribeiro e Hygor Faraco – MDB
21/05, segunda-feira: Maria Bertoche e Valdir Ribeiro – PSOL
22/05, terça-feira: Nelson Durão e Claudia Verissimo – PRP
23/05, quarta-feira: Roberto Petto e Raquel Monroe – SD
24/05, quinta-feira: Odenir Quincas e Marcão – PP
28/05, segunda-feira: Roberto Mello e Sabiá – PT
29/05, terça-feira: Vinícius Claussen e Dr. Ari – PPS

 

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Edição 23/11/2024
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