O vereador Maurício Lopes alertou na sessão da Câmara desta terça-feira que os três hospitais de Teresópolis poderão em breve deixar de atender aos pacientes do SUS por conta da falta de pagamento por parte da prefeitura. O parlamentar afirmou que esta possibilidade foi levantada na última reunião do Conselho Municipal de Saúde quando os representantes de Hospital São José, Hospital das Clínicas de Teresópolis e Beneficência Portuguesa expuseram a grave situação.
No início da sessão, foi lido um ofício enviado pela direção do Hospital das Clínicas de Teresópolis em que foi detalhada a dívida que a instituição cobra da prefeitura. De acordo com o documento, o montante chega a R$ 27 milhões, entra verbas federais que já estão no município e não foram repassadas e dívidas do próprio município de verbas previstas em contrato.
“É muito grave, é importante alertar à população de Teresópolis, todos declararam que possivelmente terão que parar o atendimento pleno à saúde pública por conta do atraso dos repasses por parte do município em face dessas instituições. Eu pedi para que essa informação fosse formalizada diretamente ao meu gabinete, detalhando todos os atrasos e pendências e estou aguardando a comunicação do Hospital São José e da Beneficência Portuguesa também”, enfatizou o parlamentar.
A Câmara investiga graves irregularidades na Secretaria de Saúde e já convocou Carlos Dias a prestar esclarecimentos sobre vários problemas, entre os quais apontar o motivo para não realizar o repasse de verbas carimbadas: “Tivemos a participação do presidente do Conselho de Saúde em que ele trouxe possíveis irregularidades na saúde do município e convocamos o secretário. Só que até o momento ele não se manifestou de quando vai vir, então fiz outro requerimento convocando para que ele venha aqui no dia 31 para prestar os esclarecimentos que a cidade precisa”, disse Maurício. No final da tarde de ontem, o Hospital São José também se posicionou sobre o assunto, informando que segue no mesmo caminho: Se os pagamentos não forem efetuados, corre-se o risco de interrupção do serviço também naquela unidade.
