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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Greve dos Correios sem data para terminar em Teresópolis

A greve dos trabalhadores dos Correios em Teresópolis está prestes a completar duas semanas e o impasse quanto ao atendimento do plano de saúde dos funcionários na cidade continua. A paralisação atinge o Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) e a grande maioria dos funcionários só pretende voltar a trabalhar depois que a empresa Postal Saúde firmar convênio com algum hospital da cidade.

Marcus Wagner

A greve dos trabalhadores dos Correios em Teresópolis está prestes a completar duas semanas e o impasse quanto ao atendimento do plano de saúde dos funcionários na cidade continua. A paralisação atinge o Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) e a grande maioria dos funcionários só pretende voltar a trabalhar depois que a empresa Postal Saúde firmar convênio com algum hospital da cidade. Enquanto isso, quem está no aguardo de correspondências e encomendas vai ter que continuar esperando, já que apenas um número bem reduzido de entregas está sendo feito e muitas remessas nem sequer estão vindo para Teresópolis.
Diariamente, muita gente tem procurado o CDD na esperança de conseguir fazer a retirada de algum material, mas normalmente não se consegue receber nada já que a grande maioria do que chega ao local não é sequer retirado das enormes caixas de transporte. O galpão já está lotado e por contada falta de espaço, as correspondências para Teresópolis permanecem estocadas em Nova Iguaçu até que a situação se resolva. Somente o Sedex consegue ter alguma saída, já que funcionários da gestão do CDD estão saindo para fazer algumas entregas.
Quem deseja tentar a sorte, precisa ir ao local a partir das 13 horas, quando alguns funcionários que não aderiram à greve dão atendimento para informações, mas só o que já estava separado antes do início da greve é que consegue ser entregue. 
Com tamanho volume de correspondência acumulado, mesmo quando a greve terminar vai demorar até que a situação seja colocada em dia. Só depois que for feita a triagem nas caixas gigantes e separação por endereço de destino é que será possível começar a dar andamento ao material acumulado. 

Rastreamento de encomendas
De acordo com informações de funcionário dos Correios, é importante para quem acompanha o rastreamento das encomendas é saber que quando o status da entrega informa o encaminhamento para Teresópolis, não quer dizer que realmente já foi remetido, pois se trata apenas da saída do centro de Benfica e ainda há uma escala em Nova Iguaçu antes da remessa ser enviada.

Greve não exime do pagamento de boletos
Para quem aguarda boletos de pagamento, é importante buscar meios para conseguir a segunda via do documento para efetuar o pagamento, pois a greve não exime o consumidor de sua obrigação em quitar com qualquer dívida. É necessário solicitar o novo boleto por site ou entrando em contato com a empresa. 

Greve sem previsão para terminar
Os trabalhadores dos Correios em Teresópolis entraram em greve nos próximos dias por conta do descredenciamento do Hospital São José, único que atendia ao plano de saúde da categoria. Com a falta de solução para o impasse, os trabalhadores cruzaram os braços até que o plano de saúde contrate novas opções de atendimento, seja com a reativação do acordo com o Hospital São José ou até contratando o Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO).
Nossa reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Hospital São José que informou que as negociações ainda estão em andamento. “Os atendimentos aos usuários do Plano Assistencial Postal Saúde encontram-se suspensos desde 26 de julho do ano corrente. Informamos ainda que as negociações para retomada dos atendimentos encontram-se em fase adiantada“, destacou a nota do HSJ. 
O HCTCO confirmou que também está em negociações com a Postal Saúde: “No momento, estamos na fase de aprovação pela Direção Geral dos termos propostos”. De acordo com a nota enviada pela direção do hospital, os trâmites de aprovação e contratualização podem ainda levar cerca de 30 dias.
“Os trabalhadores estão sofrendo. Em alguns casos precisam ir para outros municípios, o que está trazendo grandes prejuízos financeiros. Foi preciso suspender o atendimento e os trabalhadores sinalizarem com mobilização, para que a empresa fosse verificar o fato. Por quê não  fizeram antes? Onde está o controle dos gastos e pagamentos? Esperamos uma resposta imediata da ECT e do Postal Saúde”, pontuou Joás Castro, diretor do sindicato da categoria.

 

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Edição 23/11/2024
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