A Secretaria Municipal de Cultura está realizando uma mostra coletiva itinerante em homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna, movimento cultural que marcou a história da arte no Brasil. Pela proposta, oito artistas plásticos de Teresópolis selecionaram um artista de destaque no movimento realizado em 1922, ou influenciado por ele, e fizeram uma releitura da obra em painéis de 0,80m x 2,00m. São parceiros da iniciativa a Soarte (Sociedade dos Artistas de Teresópolis) e o Grupo Arani.
Lançada nesta segunda-feira, 14, na Casa de Cultura Adolpho Bloch, no bairro de Fátima, a mostra poderá ser vista de 18 a 28 de fevereiro, na rampa de acesso à Casa de Cultura. Posteriormente, será levada à Casa da Memória Arthur Dalmasso, ao Palácio Teresa Cristina – sede da Prefeitura de Teresópolis e à Feirarte, a popular Feirinha do Alto. “A ideia é celebrar esse movimento tão importante para a cultura brasileira e, ao mesmo tempo, valorizar os nossos artistas plásticos. Além dos prédios e espaços públicos, a mostra também poderá ser levada às escolas, para o estudo desse tema pelos alunos em sala de aula. Basta os professores interessados solicitarem”, explicou a secretária municipal de Cultura, Cléo Jordão. “A Cultura agradece a participação dos artistas, que entenderam a nossa proposta. Os painéis serão transformados em totens para essa mostra coletiva itinerante, que será realizada até o final de fevereiro”, acrescentou o subsecretário de Cultura, Ricardo Guarilha.
Participam da mostra os artistas plásticos Carolina Monteiro, Clélia Brito, Francesco Cittadino Jr, Jô Ghazale, Márcia Tayt-Sonh, Márcio de Paula, Vania Catarina e Vanessa Barini. Com suas técnicas e visão artística, eles produziram releituras de obras de artistas como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Djanira, Lazar Segall e Vicente do Rego Monteiro. A Secretaria de Cultura doou os painéis e parte do material e os artistas realizaram seu trabalho de criação no atelier da Casa de Cultura. “A Semana de Arte Moderna rompeu com antigos conceitos e muitos artistas sofreram críticas severas. Naquela época, o mundo estava em mudança. Apesar disso, muita gente não entendeu o movimento por estar preso a conceitos artísticos antigos”, pontuou Francesco Cittadino Jr.
“Iniciativa fantástica da Secretaria de Cultura, tanto pela homenagem à Semana de Arte Moderna como pela interação entre os artistas, que se reuniram para produzir os seus trabalhos. E a ideia da mostra ser itinerante é excelente, pois permite que o público tenha mais noção da importância desse movimento cultural”, opinou Márcio de Paula, presidente da Soarte.
“A Semana de Arte Moderna é um marco no Brasil, pois permitiu que artistas da época saíssem do padrão europeu seguido por muitos e dessem uma identidade própria às suas obras, tanto na pintura como na literatura, na música e na arquitetura. O legal dessa mostra coletiva é o resgate da nossa identidade”, comentou Márcia Tayt-Sohn, do Grupo Arani.
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