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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Obras na estrada Teresópolis-Friburgo seguem “devagar e quase parando”

Muita pouca coisa foi feita desde a visita do governador, duas semanas atrás

Quase finalizando o mês de março, no dia 30, Teresópolis recebeu a visita do governador Cláudio Castro. Na longa agenda a ser cumprida no município, a primeira ação foi vistoriar o andamento das obras de recuperação da rodovia RJ-130 – serviço esperado há anos e anunciado pelo próprio político em julho do ano anterior. Na ocasião, já havia reclamações sobre a qualidade da obra e a demora do andamento dos serviços, com novas promessas de fiscalização para que o trabalho fique dentro do previsto, inclusive justificando os mais de R$ 60 milhões de investimento. Porém, desde então, portanto duas semanas após a visita de Castro, muito pouca coisa mudou na Teresópolis-Friburgo. O recapeamento continua quase que no mesmo ponto onde estava até então, nas proximidades do parque de exposições, em Albuquerque. Pelo que se percebe, apenas serviços pontuais de “tapa buraco” foram realizados em outros pontos da RJ-130.
Através das redes sociais, moradores de localidades às margens da rodovia Dr. Rogério de Moura Estevão, produtores rurais e outras pessoas que diariamente utilizam a estrada questionam o abandono. “Semana toda passando lá e não vi ninguém trabalhando. Desse jeito, vão levar uns dois anos para terminar esse asfaltamento”, relata Tarcísio Souza. “Ficaram só tapando uns buraquinhos esse dias todos. Não tem ninguém do governo estadual para fiscalizar isso?”, questionou outro leitor do Diário, Antônio Ventura.
Com investimento de R$ 62,7 milhões do governo estadual e DER-RJ, a recuperação dos 68,7 quilômetros da rodovia tem previsão de conclusão de 360 dias e inclui, além de novo asfalto, substituição de meio-fio, manutenção e melhorias na rede de drenagem, recomposição das defensas, sinalização horizontal e vertical e guarda-corpo das pontes. “Porém, pelo ritmo que está sendo tocada a obra, tal prazo não deve ser respeitado. Em três meses, o asfaltamento chegou apenas ao quilômetro oito e alguns pontos têm sido questionados pelos usuários da rodovia”, já havia alertado O Diário duas semanas atrás.

Nova camada de asfalto nas próximidades do Parque de Exposições, onde serviço parou duas semanas atrás


Na ocasião, nossa equipe de reportagem percorreu a estrada para registrar as reclamações feitas pelos leitores e telespectadores. Como tal obra pouco andou, o relato ainda está bastante válido: “Não há sinalização ou o prometido acostamento até o km 08. Três quilômetros antes, ainda há obras e sistema de pare e siga. Do quilômetro 08 em diante, nada da nova camada asfáltica, apenas pequenos reparos em alguns trechos onde havia grandes buracos. Em Albuquerque, lama de ruas laterais está na pista principal. Das proximidades do Parque de Exposições em diante, a estrada ainda não recebeu grandes intervenções. Perto do km 20, em frente a um haras de um famoso político, parte do asfalto antigo foi removida e há um desnível na pista. Um quilômetro depois, uma espécie de ‘montinho de cascalho’ pode danificar lataria e vidro de veículos. Há máquinas paradas fora da pista nesse trecho. No 28, já em Bonsucesso, há sinalização de possível intervenção em breve. Seguimos até Nova Friburgo, constatando que realmente os muitos anos sem a devida manutenção geraram muitos problemas. Porém, no ritmo que está sendo feita a obra, como atentou uma das muitas pessoas que entrou em contato com nossa reportagem, o prazo de conclusão vai ser muito maior do que o previsto. Outra observação importante é a falta de sinalização na pista, devido ao novo asfalto, e a falta de iluminação, fatores que podem ser causadores de acidentes”.

Fiscalização
Além da presença do governador em 30 de março, em meados de fevereiro uma comitiva do governo estadual esteve em Teresópolis. Na ocasião, o presidente do DER-RJ afirmou que veio a Teresópolis “verificar problemas pontuais e tomar providencias para solucionar”. Segundo Herbert Marques relatou ao Diário na época, “o acostamento não estava no escopo da obra, mas que seria criado um aditivo no contrato para fazer o máximo possível de acostamento e também para incluir mais duas ou três entradas de bairros, que são essenciais para evitar acidentes”.

Edição 22/11/2024
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