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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Secretário de Saúde de Teresópolis relata dificuldades para contratação de médicos

Salários em cidades do entorno são mais atraentes. Antônio Henrique fala também sobre denúncias na UPA

Luiz Bandeira

Agora que o enfrentamento à pandemia arrefeceu e que medidas de exceção deixaram de ser adotadas, recai sobre o setor de saúde pública do município uma maior cobrança por mais eficiência e transparência na prestação de assistência à população. Recentemente, o vereador Fidel Faria esteve na UPA 24h para verificar denúncia de falta de médicos no serviço de pronto atendimento da unidade. Em seguida, repercutindo o fato, o presidente da Câmara, Leonardo Vasconcellos, também não poupou críticas ao local de entrada no SUS no município e destacou problemas em outras unidades. Nesta quarta-feira, 13, o secretário de Saúde do município, Antônio Henrique Vasconcelos, esteve no Programa Hélio Carracena e aproveitou para responder questões levantadas pela nossa reportagem sobre a dificuldade da secretaria de manter uma equipe médica pra atender todas as unidades municipais. O secretário ainda justificou a falta verificada pelo vereador Fidel Faria e detalhou como é a escala de médicos que atendem na UPA 24h. “Hoje nós trabalhamos com cerca de um ou dois médicos visitadores, aqueles médicos que passam nos leitos do paciente. Na UPA nós trabalhamos com três médicos na porta atendendo, um médico na sala vermelha e um médico na ambulância. Infelizmente nesse dia em que houve a falta do médico à noite, que foi questionado na rede social, dois médicos passaram mal e apresentaram o atestado médico. Então os dois profissionais que estavam durante o dia, que iriam sair às 19h, permaneceram até ás 22h ficando com três médicos, o profissional da noite estava lá e nós chamamos outro que chegou às 22h30 na unidade. Quer dizer, então nós ficamos a noite inteira com dois profissionais atendendo porta na UPA e um médico de sala vermelha e mais o Diretor Médico, Dr. Demétrio, que também foi pra UPA, se precisasse de alguma coisa ele é médico, ficou lá de retaguarda. Então conseguimos manter assim a noite inteira. A UPA à noite tá dando pouco atendimento, tivemos 17 atendimentos à noite inteira”, justificou.
Antônio Henrique também falou sobre a dificuldade em contratar médicos para o serviço público, um problema difícil de ser resolvido já que o profissional qualificado tem no setor privado maior retorno financeiro para a mesma carga de trabalho. O secretário revelou que isso é um empecilho para melhorar o atendimento à população. “Não é só uma realidade de Teresópolis, mas uma realidade de todo o Brasil. Tem uma nota informativa do Conselho Federal de Medicina que vê a dificuldade dos médicos no Brasil, então nós temos essa dificuldade. Nós hoje pagamos para o PSF R$ 12 mil de salário para o médico, enquanto a região paga em torno de 20, 25 mil Reais. Rio de Janeiro paga R$ 25 mil, então a dificuldade de trazer por R$ 12 mil Reais é grande, lembrando que a gente está limitado pelo teto constitucional do prefeito. Enquanto não se aumentar o teto constitucional ou se criar uma lei, eu não consigo contratar um médico por 16, 18 mil Reais”, lamenta Antônio Henrique.

“Nós hoje pagamos R$ 12 mil de salário para o médico, enquanto a região paga em torno de 20, 25 mil Reais”, revela resignado o secretário de Saúde

Formados em Teresópolis
O secretário falou ainda sobre os novos profissionais que são formados aqui em Teresópolis e partem para outras cidades após formados. “A totalidade vai embora pra outras cidades. Hoje no governo nós estamos trabalhando com a possibilidade de dar um ou dois plantões para o profissional, para ele querer ficar na cidade com salário melhor, mas ainda o salário baixo não atrai tantos profissionais para o município”, revela o secretário.
Questionamos a Antônio Henrique, autoridade máxima na saúde da cidade, quais medidas estão sendo tomadas para minimizar essa dificuldade do município. “O prefeito autorizou nesse pagamento 10% de aumento para os contratados. Então nós temos aí 10% de aumento para a maioria que hoje são todos contratados, estamos fazendo um concurso público no município, chamamos o pessoal da UERJ para estar nos ajudando a criar um concurso público e vamos rever o piso salarial do médico, com essa saída do concurso, lei de cargos e salários, vamos tentar mudar o salário do profissional médico para que ele fique na cidade”, pontuou Antônio Henrique.

Edição 04/05/2024
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