Nina Benedito
@ninabenedito

Recentemente empossada como secretária municipal de Turismo, a empresária Beth Mazzi, que já foi diretora do Polo Gastronômico de Teresópolis, destaca a importância da colonização inglesa não só para o turismo da cidade, mas para a valorização do sentimento de pertencimento do teresopolitano. Em entrevista ao “Programa da Nina”, da Diário TV, ela falou um pouco sobre os novos desafios de fortalecer ainda mais o turismo no município através da história, da influência inglesa deixada por George March. “Nós temos várias influências de várias culturas. O historiador Wanderley Peres fala de todas essas influências, mas sendo a primária a da Inglaterra, e isso fez toda a diferença para que hoje, e não é por acaso que nós somos a capital do montanhismo. Ingleses vieram aqui e difundiram isso. Isso é a cultura da cidade”, enfatiza.
Ainda segundo a secretária, o que falta é o conhecimento dessa história que o teresopolitanos têm para contar, que vão mostrar porque Teresópolis é a Capital Estadual da Agricultura Familiar e temos uma força muito grande na economia com as folhosas que abastecem cerca de 90% do nosso estado. “George March quando chegou veio com uma fazenda modelo e aclimatou vegetais, trouxe o cultivo de plantio em platôs, que faz toda a diferença para fazer disso uma atividade econômica que sustente o nosso município. Toda essa história, precisa estar no coração do teresopolitano, como um diferencial, e como todas as valorizações”, destaca. “E a urbanização da cidade se destaca muito em relação as outras cidades da baixada por causa dos ingleses, o jardim em frente as casas, a vontade de ter avenidas mais largas, toda essa configuração vem desse passado. Quando os portugueses vieram aqui, muitos desses legumes e verduras, e até depois mais tarde, os Granados fazem isso com as ervas medicinais para a indústria farmacêutica, aproveitando a geografia e a cultura que aqui se estabeleceu no início, e é isso que a gente pretende agora no turismo, que a gente entenda que o DNA da cidade tem muito do comer bem, receber bem, que também é uma herança do George March, que para mim é o precursor da hotelaria, desse formato de mostrar a cidade nesse formato de casa aberta, de alugar, ele fazia umas trocas, ele era um comerciante com um palacete em Botafogo e fugiu daquele calor insalubre, achou essa saída e fez esse convite que encantou a outros europeus e que vieram pra cá. Esse encantamento, é o propósito do turismo, mas ele só se serve , só se presta quando o cidadão tem uma situação interessante, confortável, orgulhosa de vida” enfatiza a secretária de turismo.

Os festivais como atrativo
A Secretaria de Turismo está trabalhando com mais um festival da cultura italiana marcando o Bicentenário da Imperatriz Teresa Cristina, que também tem uma influência muito forte em Teresópolis, mas, Beth destaca o festival Inglaserra, enaltecendo a colonização inglesa, que está sendo formatado para que aconteça ainda neste ano, como a primeira influência , o precursor de tudo isso, como o próprio Wanderley Peres nos conta baseado em suas pesquisas históricas sobre o município, e que prometem atrair muitos turistas para a cidade, trazendo recursos, gerando postos de trabalho e fomentando a economia de Teresópolis como um todo.

Sobre o festival “Sabores Britânicos”, segundo Beth Mazzi, o historiador Wanderley Peres deu um grande presente para a cidade com a apresentação dessa minuciosa pesquisa sobre George March e a influência dele e de seus costumes que permanecem até hoje enraizadas na terra e no povo teresopolitano. “A gastronomia atrai muito as pessoas, e quando o Polo Gastronômico de Teresópolis recebeu essa pesquisa do Wanderley Peres, eles foram a fundo, e já existem várias edições que contam muito o prato, que a gastronomia inglesa nem é a mais gostosa, mas a história que se conta faz dela o motivo muito forte para as pessoas virem a Teresópolis , irem ao restaurante , e com isso a economia começa a girar, e assim o associativismo através de uma associação como o Polo, como o Convention e outros, vai fazendo isso tudo ficar mais forte, capacitando cada vez melhor, vai elevando a oferta de emprego, a formação dos profissionais, e com isso, mais mercado se abre, é uma roda que se move através de uma história para contar”, diz. “Essa relação entre o prato oferecido pelo restaurante e a família que aqui veio, foi levada muito á sério, e fez disso um festival de sucesso nas quatro edições, mais do que outros festivais que também são promovidos com assuntos mais comuns a gastronomia em geral, porque assim como Teresópolis é a única cidade que sofreu essa influência dos ingleses, esse festival traz essa cor diferente, não quer dizer que a gente não valorize muito outras influências de tantas colônias que passaram por aqui, mas foi a primeira e deu frutos para outras colônias”, completa.

Polo Gastronômico e turismo
“Eu deixei a diretoria do Polo Gastronômico, que tem um grupo muito forte, mas que continua sobre a batuta na nossa incrível Vânia Baddini que é a Presidente do Polo, para que eu pudesse ficar neutra e com bastante foco na secretaria de Turismo. A equipe conta com Cristina Mendes, o Hugo, um empresário do Café, entraram várias pessoas, além da Cláudia da Maria Torta, são vários diretores segurando muito bem o Polo Gastronômico”, destaca Beth. Sobre a Secretaria de Turismo destaca que “Temos muito trabalho pela frente, uma cidade com tantas possibilidades, com essa riqueza, é uma honra ter recebido o convite, uma responsabilidade enorme, um trabalho que me motiva e que vai exigir bastante dedicação”. A entrevista completa você acompanha na programação da Diário TV ou pelo canal no YouTube “Diário TV Teresópolis”.

Assista a entrevista pelo nosso Youtube com a Secretária de Turismo Beth Mazzi.