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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Cada vez menos lixeiras e mais depredação na Várzea

Levantamento do Diário revela insuficiência, falta de manutenção e mau uso dos equipamentos

Luiz Bandeira

Esta semana a equipe do jornal O Diário e Diário TV fez um levantamento sobre a condição das lixeiras instaladas nas ruas da região central da cidade. Nessa pesquisa ficou evidente que há a necessidade de ampliar a quantidade destes equipamentos, vitais para manutenção de uma cidade limpa. A maioria das lixeiras está instalada em postes no Centro e Alto. Porém, algumas das poucas lixeiras da cidade já carecem de reparo ou até mesmo serem substituídas. Em nosso levantamento encontramos a maioria danificada, com o fundo partido, amassada ou depredada. Não bastasse a quantidade insuficiente, a grande distância entre uma e outra também pode desestimular o cidadão a descartar corretamente seu lixo. Essas lixeiras têm por volta de três anos de instaladas e pelo material utilizado poderiam durar muito mais, não fosse a falta de cuidado com o bem público.
Um olhar mais apurado revela que esses equipamentos não duram muito tempo, independente do tipo de material. A eficiência do atual modelo adotado pela prefeitura é questionável já que se mostram pouco resistentes ao manuseio, por parte dos servidores da coleta e da população que muitas vezes as utilizam de forma incorreta. No primeiro piso do Palacete Tereza Cristina, encontramos uma rara lixeira de um modelo prático de manusear, de material resistente e com um designe que dificulta a depredação e o mau uso. Deste modelo, instalado na cidade em administrações passadas, não resta mais nenhuma, a não ser esta preservada justamente por se encontrar no abrigo do prédio do governo municipal.

Cidadão consciente, cidade mais limpa
Enquanto percebemos o mau hábito de parte da população, flagramos também iniciativas louváveis de alguns comerciantes que percebendo a ausência de lixeiras próximas ao seu estabelecimento, instalam por conta própria um pequeno depósito de lixo. Muito importante reforçar que o lixo é de responsabilidade de quem o produz e que o descarte indevido deste material deixa um aspecto de abandono e sujeira nas ruas. Além disso, durante uma chuva esse material pode ser levado para as galerias de águas pluviais e contribuir com ampliação dos alagamentos.

Um raro exemplar de lixeira, instalada nos “anos 90” pelo governo municipal, preservada no primeiro piso do prédio da prefeitura

Catadores contribuem
O que para muitos é lixo, para tantos outros serve como material de onde se tira o sustento, caso, por exemplo, do trabalhador de reciclagem Jair de Souza Junior, que realiza um importante serviço para a sociedade quanto transforma o lixo que nós produzimos em material que será coletado, novamente processado e reciclado pela indústria. “Eu estou pegando de tudo para a reciclagem para conseguir o alimento pra gente. Estamos trabalhando pra conseguir um dinheiro pra nós. Plásticos, papelão, alumínio também, porque as pessoas têm que fazer isso pra inclusive reciclar”, relatou ao Diário.
Nesta sexta-feira, 20, questionamos ao governo municipal sobre as condições das lixeiras da cidade. Em nota a prefeitura de Teresópolis informou “que foram adquiridas três mil novas lixeiras, por licitação, com previsão de início de retirada gradual das unidades antigas até o mês de junho”.

Jair Junior tira o seu sustento do material reciclável que encontra nas lixeiras das ruas da cidade
Edição 25/04/2024
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