Luiz Bandeira
Na manhã desta sexta-feira, 24, foi deflagrada uma operação conjunta das forças de segurança do município, envolvendo Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público e Guarda Civil Municipal, mobilizando cerca de 40 agentes para os bairros do Rosário, Perpétuo e Pessegueiros. O objetivo da ação foi cumprir quatro mandados de prisão e coibir a resistência armada contra operações policiais de combate às drogas em comunidades da cidade. O delegado titular da 110ª DP, Dr. Márcio Dubugras, em entrevista coletiva, mencionou uma operação da PM na qual os policiais foram recebidos a tiros no Rosário. “No dia 19 de maio desse ano policiais militares vieram a essa comunidade para checar informações sobre localização de tráfico de drogas, de tráfico de crack e foram recebidos à tiros, naquele momento um policial militar foi baleado. Então nós conseguimos identificar os outros quatro, por que naquela oportunidade um foi preso, identificamos os outros quatro traficantes, conseguimos o mandado de prisão e fizemos hoje a operação para prendê-los”, justificou Dubugras.
Um dos alvos da operação, um homem vulgo “Gato Mole”, recebeu voz de prisão, resistiu e tentou sacar uma arma, mas foi baleado, socorrido ao Hospital das Clínicas de Teresópolis Constantino Otaviano e faleceu em decorrência do ferimento. Policiais que participaram da operação afirmam que Bruno Barcellos tentou puxar uma pistola calibre 09 mm, com oito munições, e foi alvejado pelos agentes em legítima defesa. “Gato Mole” foi encontrado em casa, no bairro do Rosário, próximo à localidade conhecida como túnel. “Ele tem várias passagens por tráfico de drogas, inclusive informações de que faz parte do grupo armado aqui da comunidade. Todas as vezes que a polícia tem problemas aqui o Bruno, conhecido como “Gato Mole”, faz parte disso. Não é a toa que ele foi encontrado com uma pistola e ele tentou sacar essa pistola contra os policiais. Então dá pra perceber que ele é um criminoso que tem uma atitude enérgica contra as forças de segurança”, denuncia o delegado.
Outro acusado de pertencer ao tráfico, com algumas passagens, foi identificado como sendo um dos integrantes do grupo que atirou contra a guarnição da PM em maio passado, foi preso sem oferecer resistência. Dois outros acusados estão foragidos, são eles: Yuri vulgo “Di Raça” e João conhecido como “JM”.
Drogas encontradas
No momento em que eram cumpridos os mandados de prisão, outras unidades policiais, com apoio dos cães da GCM, vasculhavam a mata do morro entre as comunidades do Rosário e Perpétuo, onde segundo informações obtidas pelo serviço de inteligência da PM e investigações da Polícia Civil, estava escondida grande quantidade de drogas. Os cães encontraram cinco cargas em diferentes pontos da mata que contabilizaram: 183 pinos de cocaína, 50 invólucros de crack, 43 tiras de maconha e 194 trouxinhas da mesma droga.
Parceria importante
O Comandante do 30º Batalhão de Polícia Militar, Tenente-Coronel Alex Soliva, destacou o trabalho integrado das polícias em favor da sociedade. “É a resposta qualificada, né? A resposta técnica dos órgãos de segurança pra trazer de fato a segurança para a sociedade que é o quê todos esperam. Aqui a gente nunca vai deixar de ressaltar a integração que existe entre a Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público que de fato nos apoia de forma muito intensa nas nossas ações, contribuindo sobremaneira nas ações exitosas como essa de hoje. Nós não vamos descansar e quando a gente demonstra esse tipo de integração entre as instituições, eles próprios vão ter a convicção de que a força é muito maior do que eles podem imaginar e aqui não há a menor possibilidade de enfrentar as forças de segurança” alerta o Coronel Soliva.
“Sem crack aqui”
O Delegado aproveitou a entrevista coletiva para mandar um recado para os traficantes. “Nós não vamos admitir tiros em face das forças de segurança, se atirar em policial vai ter a resposta à altura. Nós não vamos admitir venda de crack aqui, uma série de operações vão ser feitas contra os responsáveis que estão autorizando a venda de crack, não vai se admitir essa droga maléfica que cria pessoas extremamente dependentes e que trás problemas para a sociedade. Isso é um basta que a gente está dando e um recado para os traficantes, partem de vender o crack em Teresópolis”, ordenou a autoridade.
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