Um bando residente na Rua Sete de Setembro, bairro da Quinta-Lebrão, foi denunciado ao quartel do 30º Batalhão de Polícia Militar pelo crime de tráfico de drogas, situação que fez com duas equipes do setor de Patrulhamento Tático e Móvel (PATAMO) fossem deslocadas para verificar tal demanda. A informação passada aos militares era que o grupo criminoso estava em um local que dá acesso a área de mata, o que foi contatado quando os policiais se aproximaram. O grupo fugiu para o pequeno fragmento florestal, mas as equipes do 30º BPM continuaram a operação até identificar o local onde eles haviam escondido o material ilícito, terminando a ocorrência com prejuízo de mais de R$ 80 mil para os traficantes.
A “carga” estava acondicionada em sacolas plásticas e enterrada na área de mata. Foram apreendidas 2.540 embalagens de Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha e divida em três diferentes tipos de recipientes de acordo com o valor cobrado por cada um, totalizando mais de dois quilos da erva seca e prensada; 1.092 papelotes de cocaína, também separadas por valores, de R$ 10 e R$ 30 a unidade, totalizando pouco mais de dois quilos; e, mais preocupante, 2.172 três quilos de crack, dividido em 2200 pedras.
Altamente viciante e considerado o “resto do resto”, o entorpecente até então era visto somente no bairro do Rosário, sendo responsável pela aceleração da degradação do seu usuário gerando o desdobramento de crimes diversos. Um deles, gravíssimo, onde dois homens viciados em crack invadiram uma residência para roubar e matar uma mulher na Cascata dos Amores e tomar seus pertences para trocar pela droga. Os entorpecentes encontrados na Quinta-Lebrão foram recolhidos e apresentados na 110ª Delegacia de Polícia, onde ficaram apreendidos. Informações que possam contribuir com a prisão dos autores podem ser passadas para os telefones 190 e 2742-7755. Não é necessário se identificar.
Assassinatos
Nos últimos anos, alguns casos de homicídio relacionados ao tráfico de drogas foram registrados nos bairros da Fonte Santa e Quinta-Lebrão. Graças às ações das forças de segurança do município, a maioria do bando apontado como envolvido nesses crimes já está atrás das grades.
Crime e saúde pública
A saúde pública é diretamente afetada com a disseminação do consumo de crack na população, como revela o delegado Márcio Dubugras, titular da 110ª DP. “Isso gera problemas, principalmente na questão de saúde da região, porque isso gera um colapso dentro do sistema de saúde do município ou do estado, porque tratar de um dependente de crack é muito complicado, além disso o aumento da violência ocorre porque essas pessoas se tornam dependente e começam a cometer crimes pra sustentar o vício”, alerta o policial.
As famílias das pessoas que sofrem os efeitos do consumo do crack são as primeiras vítimas dos seus crimes, porém não são os únicos alvos e todos que convivem com o dependente de crack acabam correndo risco. “Então eles começam a agredir familiares, começam a exercer roubos, a gente percebe um aumento nas regiões de maior movimento em que se rouba com facas, se rouba com caco de vidro. O crack é uma droga muito mais barata e que gera um efeito de dependência muito maior. Você vê nas pessoas dependentes que elas praticamente não sabem o quê estão fazendo, perdem o controle dos seus atos, elas vivem simplesmente pra usar drogas, elas não comem, não bebem, elas não se alimentam direito e elas ficam totalmente alienadas aos seus atos por causa dos efeitos maléficos que essa droga tem”, descreve Dubugras.
