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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura consegue mais um mês de atendimento SUS no Hospital São José

Audiência na justiça resolve prorrogação do convênio até 31 de julho, enquanto tratativas por acordo continuam

Wanderley Peres

“Correu bem a audiência marcada para esta segunda-feira, 26, na justiça, entre a Prefeitura e o Hospital São José”, informou a O DIÁRIO a secretária de Saúde Clarissa Rippel Guitta, que conseguiu a continuidade do atendimento ao SUS no hospital até o dia 31 de julho. Em Nota, o Hospital São José confirmou as tratativas junto aos governos do Estado e do Município, e informou que “o contrato de Prestação de Serviços ao SUS, que compõe o Convênio 010.09.2013 e seu respectivo (POA/DODE) junto ao Município, que venceria neste mês de junho, foi prorrogado até o dia 31 de julho”, observando que “durante esse período todo o atendimento via SUS segue normalmente”.

Anunciada a paralisação para o dia 16 de junho e adiada para 30 de junho, agora prorrogada mais uma vez, para o dia 31 de julho, o Hospital São José justificou que o encerramento do atendimento SUS devia-se ao fato de não estar conseguindo sanar o déficit financeiro do Hospital decorrente, principalmente, do não pagamento dos serviços contratados nos âmbitos municipal e federal, mesmo comunicando sistematicamente ao poder público esse cenário. “O montante do não pagamento (dívida corrente e dívida judicializada) pelo município ultrapassa o valor de R$ 53 milhões, quantia que não temos capacidade de absorver em substituição ao papel do poder público, que é o responsável pelo sistema de saúde local. Comunicamos, ainda, que cumpriremos todos os prazos contratuais e legais, com a ciência de que existem outros prestadores na Micro e Macrorregiões de Saúde com plena capacidade de absorção da demanda de atendimento para o Município”.

Quatro meses atrás, quando o HSJ informou que pararia o atendimento em 16 de junho, o prefeito prometeu interpelar a presidência da Rede Santa Catarina, administradora do HSJ, observando que o Município e o Conselho de Saúde trabalhariam “para manter esses serviços essenciais à população”. O prefeito ainda confirmou a importância do HSJ na rede municipal de saúde, lembrando que “o Hospital São José possui papel essencial para a saúde pública municipal, sendo referência para diversos serviços SUS, como em oncologia clínica e cirúrgica para toda a região” e que, “é o único hospital que presta o serviço de cirurgia vascular pelo SUS, no município”. Mas a questão acabou indo parar na justiça, como foi feita também a questão da dívida da Prefeitura com o Hospital das Clínicas, restando obrigado a realizar o atendimento pelo SUS, mesmo sem a realização do pagamento pelos serviços prestados, como pretendia a direção da FESO.

O CASO DO HCT

Dois dias antes do fim de uma nova paralisação anunciada pelo HCT, em 30 de maio passado, a segunda em menos de seis meses, o juízo da Terceira Vara Cível concedeu tutela antecipada ao Município de Teresópolis, determinando que a Fundação Educacional Serra dos Órgãos não interrompesse ou suspendesse a prestação de serviços de saúde, garantindo o fornecimento e execução dos serviços conforme pactuado no último convênio e seus respectivos aditamentos até o dia 31 de dezembro de 2023, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão. O juízo determinou, ainda, que o Município mantenha o repasse das contraprestações pelos serviços atuais, com base nos valores do último contrato sem o reajuste impugnado, mediante o cumprimento pelo HCTCO dos requisitos necessários para o pagamento, sob pena de revogação da presente decisão na hipótese de atraso superior a 180 dias referentes às contraprestações contemporâneas”.

Um dos argumentos da Prefeitura na justiça foi a “falta da devida prestação de contas”, pelo HCT, “bem como o aumento no montante de 2.000% sobre o valor pago a título de incentivo pelo Município”, o que estaria inviabilizando a adimplência dentro do prazo estabelecido e nos termos já pactuados, na justiça, por isso a reconsideração do juízo, quanto à periodicidade da multa fixada e o prazo para dilação do débito. “Mesmo a paralisação parcial ocasiona imensos prejuízos, já existindo comoção pública e reclamações de que a fundação Ré não está mais agendando exames pela rede SUS”, denunciou a Prefeitura.

A decisão condicionou, no entanto, o pagamento ao cumprimento dos requisitos pela FESO, dentre os quais a prestação de contas reclamada e, “diante do aumento exponencial dos valores cobrados a título de incentivo”, o juízo observa ser “necessário avaliar a legalidade da cobrança e consequentemente sua exigibilidade”.

Edição 05/10/2024
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