Em menos de 48 horas dias, foram registrados mais dois assassinatos em Teresópolis. Em comum, a suspeita de que tal situação teria relação com o tráfico de drogas, crime que tem gerado diversos outros mais graves nos últimos meses, principalmente mortes relacionadas a dívidas ou disputa por locais para a venda de material entorpecente no município. Na madrugada de domingo, o jovem Romário Andrade foi morto a tiros na localidade de Bonsucesso, no Terceiro Distrito, por homens que fugiram em uma motocicleta. No final da tarde desta terça-feira, mais um caso com requinte de execução. A vítima foi Thiago Oliveira, de 25 anos, conhecido como “TH”. Ele foi baleado diversas vezes em uma servidão no bairro de Paineiras, próximo ao ponto final do ônibus. O socorro médico foi acionado, mas não houve tempo para atendimento. A Polícia Militar esteve no local juntamente com o CBMERJ e, em seguida, foi acionada perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), analisando a cena do crime antes da remoção do corpo para necropsia no Instituto Médico Legal.
Segundo a polícia, um parente de Thiago cumpre pena em uma das unidades da Polinter, no Rio de Janeiro, pelo crime de tráfico. As investigações podem apurar se tal situação tem relação com o brutal assassinato ou se trata “apenas” de uma rixa por outro motivo. Atualmente, o rapaz trabalhava como porteiro em uma escola da rede municipal. Informações que possam contribuir com a identificação do autor do crime podem ser passadas para os telefones 190 e 2742-7755. Não é necessário se identificar. O segundo número também funciona como WhatsApp, com sistema de criptografia que protege a identidade do denunciante.
Civil investiga
Nos últimos meses, outros assassinatos em circunstâncias bem semelhantes foram registrados em Teresópolis. Para compreender o crescimento desse tipo de estatística negativa, conversamos com o Delegado Titular da 110ª DP, Marcio Dubugrass. “Quando acontecem fatos semelhantes aos últimos homicídios registrados na cidade, a primeira coisa que a Polícia Civil faz é justamente tentar identificar as pessoas e verificar se elas possuem anotações criminais. Por serem crimes bárbaros, nós de prontidão verificamos se a vitima tem alguma anotação anterior por trafico de drogas ou uso de drogas. Em muitos casos de homicídio, nós averiguamos que as pessoas envolvidas tinham passagens com anotação por tráfico de drogas, então se percebe que a principal linha de investigação é justamente o envolvimento com esse delito em questão, seja por dívidas com a facção que pertence ou assassinado por facções rivais”, declarou a autoridade policial do município.