Marcello Medeiros
Em uma semana, foram realizados em Teresópolis três flagrantes de pessoas retirando fios e cabos de redes de transmissão de dados no município, com o objetivo de vender o cobre no interior desse material para revender para empresas de reciclagem. Em dois deles, os criminosos são moradores da Baixada Fluminense e subiram a serra para tentar lucrar dando prejuízo paras as operadoras de telefonia e internet e a população, que fica sem esses serviços até que seja acionado e realizado o reparo. A última prisão ocorreu no fim de semana, quando mais três homens, com idades entre 24 e 40 anos, foram autuados pelo crime de furto qualificado após arrancar grande volume de rede na Rua Rio de Janeiro, bairro de Araras.
Eles não contavam que seriam vistos por um Policial Militar de folga, que rapidamente acionou reforço e começou a monitorar o veículo, um Fiat Uno de cor verde. Ao perceber a chegada de viaturas do 30º BPM, o motorista tentou acelerar pela Rio-Teresópolis, mas foi cercado nas proximidades de um famoso restaurante. Os ladrões se jogaram em área de mata, mas um deles não conseguiu escapar. No veículo estava uma grande quantidade de fios. Questionado sobre o bando, ele informou sobre outra dupla envolvida, em outro carro. Rapidamente o Ecosport foi localizado e mais dois homens presos. Além de quase 100 metros de fios, foram apreendidos ferramentas, escadas, um notebook e um celular. Participaram da operação equipes dos setores Bravo, RAS, PATAMO e P2 (Polícia Reservada). Antes de encaminhar o trio criminoso para a 110ª DP, o motorista da Fiat Uno, machucado na tentativa de fuga pela floresta, precisou passar pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Muito prejuízo
Na segunda e terça-feira da última semana, outros cinco foram presos pelo mesmo motivo em Teresópolis, após flagrantes nos bairros Posse e Santa Rita. Geralmente esse tipo de material é furtado para ser removida a parte de cobre, que assim é revendida para empresas de reciclagem. Essa situação tem sido crônica em todo o estado, sendo realizadas pelas forças de segurança intervenções em empresas de reciclagem com o objetivo de evitar que elas continuem comprando material de procedência duvidosa e assim alimentando o crime. Nessa história, quem fica no prejuízo não somente as concessionárias de serviços como telefonia e internet, mas a população. Em uma localidade como Santa Rita, por exemplo, afastada da região central, acionar e aguardar o reparo de uma rede é sempre motivo de muita preocupação diante da demora para execução de tal serviço.