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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Pedra do Elefante, uma boa trilha para qualquer época do ano

Caminho curto e um visual espetacular para a Serra dos Órgãos e boa parte de Teresópolis

Quando ingressei no montanhismo, mais de duas décadas atrás, achava que “só podia subir montanha no inverno” – ideia que se justifica pelos riscos causados pelas tempestades e maior dificuldade de ascensão com a temperatura mais alta. Mas, tecnicamente, o montanhismo e a escalada podem ser praticados em qualquer época do ano. Basta escolher o roteiro adequado para evitar problemas e acidentes. Assim, na estação mais quente do ano o ideal é dar preferência aos caminhos menores, que possam ser percorridos em menos tempo, e consequentemente antes do período onde ocorrem as chuvas mais fortes, e que propiciem condições mais adequadas para evitar problemas. Em Teresópolis e região, temos várias boas opções para as próximas semanas. Uma delas, a conhecida Pedra do Elefante, na área do Parque Estadual dos Três Picos.

A espetacular vista para as montanhas mais imponente da Serra dos Órgãos, por vezes emolduradas pela “dança das nuvens”


Localizada nas proximidades do Mirante do Soberbo, ela tem uma trilha bastante curta até o ponto de onde se avista majestosamente o Dedo de Deus e outras icônicas montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, como Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora, Cabeça do Peixe e Verruga do Frade, entre outras. Porém, se a distância é de pouco mais de um quilômetro até o mirante, por outro lado a inclinação é bem forte em cerca de 80% do caminho, havendo ainda, em dois pontos, a necessidade de utilizar pequenas cordas fixadas em árvores – para descer em um barranco e subir em uma pequena laje de pedra, que geralmente está molhada.
No último lance antes do “cume falso” – visto que o topo mesmo, a 1.180 metros de altitude, fica um pouco acima e quase não é visitado – um trecho muito úmido. Nos últimos dias, com as chuvas intensas, estava alagado. Assim, é necessário passar com cuidado para evitar voltar para casa com os pés molhados… Chegando ao mirante, onde há proteção com vergalhão e arame, instalada pelo pessoal do Centro Excursionista Teresopolitano 15 anos atrás, a dica é ter cuidado com o abismo e curtir a impactante vista para a cadeia de montanhas mais famosa do Brasil.

Mais sobre a trilha
O caminho tem início alguns metros depois do mirante do Soberbo, seguindo pela rodovia no sentido Meudon, perto da placa com o nome da unidade de conservação ambiental. Devido as chuvas fortes das últimas semanas e o longo período sem manutenção, o trecho inicial está bastante erodido e há pontos onde as raízes das árvores ficaram suspensas e a passada mais lenta.
Outra dica, além do cuidado ao caminhar nesse ponto, assim como nos trechos onde há cordas, é não deixar nada ao longo da trilha ou no mirante. Infelizmente, muitas pessoas costumam “tirar suas selfies para as redes sociais” e largar para trás embalagens de biscoito, bala, garrafas e outros materiais que não deveriam ser vistos em ambientes naturais e únicos como a Pedra do Elefante.
Há uma frase antiga, muito vista em parques e textos com o foco ecológico, que ilustra perfeitamente como deve se portar o montanhista – ou o postulante a viver esse estilo de vida: “Não deixe nada a não ser pegadas, não tire nada a não ser fotografias e não leve nada a não ser boas lembranças”. Veja mais sobre essa e outras trilhas da região, além de dicas para quem gosta de pedalar, no Instagram @mochileiro_marcello

Edição 22/11/2024
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