Wanderley Peres
Os vereadores aprovaram na sessão desta quinta-feira, 15, requerimento ao prefeito para que informe à Câmara Municipal sobre as contas de água que a Prefeitura recebeu da concessionária Águas da Imperatriz. De autoria do vereador André do Gás, e aprovado por unanimidade, o pedido quer informações sobre quantos imóveis da municipalidade passaram a pagar conta de água, inclusive os cedidos e alugados; qual o consumo e valor de cada conta de água; qual a categoria de consumo, se residencial, comercial, industrial, rural ou outro tipo, em cada endereço; se existe uma cobrança diferenciada e qual é a taxa por metro cúbico para os prédios públicos da municipalidade; se existe algum desconto aplicado às contas da Prefeitura; e qual a diferença do volume das contas apresentadas pelas concessionárias Cedae e Águas da Imperatriz.
Contas de água da Prefeitura não se enquadram na tarifa residencial, e sim comercial
O que os vereadores querem saber é quanto de conta de água o teresopolitano passou a pagar, pelo consumo nos prédios públicos municipais, a partir da outorga, e se havia alguma cobrança de conta de água pela concessionária anterior. A informação é inédita, porque a quantidade de prédios públicos não estaria informada no edital de licitação da água, nem no contrato, embora se saiba, desde antes da assinatura do contrato com a Imperatriz, que a Prefeitura passaria a pagar pela água que utiliza.
Com 66% da população atendida pela Cedae, Teresópolis teria 75.506 usuários e, segundo o edital da licitação da água, a nova concessionária tem que chegar esse atendimento a 99% da população, aumentando, então, cerca de 33%, no número de usuários, ampliando os consumidores em cerca de 37 mil, indo o número de hidrantes no município a mais de 110 mil.
Segundo informações do edital de licitação da água, o município tem 52.086 ligações residenciais, estes, pagando a partir da taxa mínima de R$ 57,85. Os demais, 23.400 são clientes não residenciais, lojas e salas, indústrias, igrejas, e ligações em imóveis territoriais, sem construção legalizada, que estariam pagando a conta na categoria comercial, no valor mínimo de R$ 300,42, ou “industrial”, 113 consumidores nessa categoria, que tem a taxa mínima estipulada em R$ 415,29. Os números, que a Cedae deixou são: 6.912 comércios, 580 serviços, 169 templos, 36 empresas de transporte, comercial, de serviço e utilidade pública; 69 de atividades culturais e diversões, 2 de agricultura e extração e 15.539 territorial, totalizando uma clientela da nova concessionária em 75.506 usuários.
ASSUNTO PROIBIDO
A pergunta que a Câmara fez ao prefeito, O DIÁRIO quis saber a resposta da concessionária, informando a Águas da Imperatriz que “os órgãos públicos são cobrados de acordo a estrutura tarifária vigente” e que “os valores podem ser consultados no site www.aguasdaimperatriz.com.br”