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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Parque Montanhas de Teresópolis já tem 334 espécies de aves identificadas

Trabalho de observação de pássaros evidencia a importância da unidade de conservação ambiental

Marcello Medeiros

Quando se fala na criação de uma unidade de conservação ambiental, muitas pessoas não compreendem a sua verdadeira importância. Algumas pensam apenas nas áreas de lazer. Outras, no sentido contrário, até vendo esses espaços de maneira negativa e pensando no fechamento de acessos. Mas é muito mais complexo – e positivo – do que isso. Um dos grandes exemplos é o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. Criado em 06 de julho de 2009, ele mudou o rumo de diversas localidades que hoje poderiam estar densamente ocupadas não fossem a delimitação. E, com esse olhar diferenciado para fauna e flora nos limites do PNMMT, diversas espécies voltaram a ser vistas ou foram registradas de maneira inédita nesses quase 15 anos. Entre tantos movimentos positivos, destaca-se o das aves. Atualmente, já são 334 espécies identificadas na área da unidade de conservação ambiental, que contempla bairros como Caleme, Santa Rita, Arreiro, Iconha, Cruzeiro, Holliday, Pessegueiros e Ponte Nova, entre outros.

Sede Santa Rita do Parque Montanhas tem lago e outros atrativos para as aves e para aqueles que gostam de admira-las e fotografa-las. Foto: Marcello Medeiros


Basta acompanhar as redes sociais dos pesquisadores do Montanhas, que frequentemente divulgam impressionantes imagens da avifauna teresopolitana na região do PNMMT. No início da semana, por exemplo, o Subchefe do Parque, o Biólogo Ricardo Mello publicou uma poética imagem de um filhote de Murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana) pegando uma refrescante chuva. Também conhecida como corujão-mateiro e murucututu-pequeno, essa espécie vive acima dos 1.500 metros de altitude, caça somente durante a noite, procurando por insetos grandes, aranhas, répteis, anfíbios, aves dormindo e especialmente roedores e outros mamíferos de pequeno e médio porte.
Outros bonitos registros feitos por Ricardo Mello são o de um Gavião-pato (Spizaetus melanoleucus) e de um Gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus). As aves de rapina de penugem branca se destacam na mata verde. Também apareceu diante das lentes do Biólogo um Pica-pau-dourado (Piculus aurulentus), entre tantos outros vistos durante os trabalhos de campo na unidade de conservação, a maior administrada por um governo municipal no estado do Rio de Janeiro.

Visitas
Com intuito de divulgar o programa de Observação de Aves, o PNMMT tem realizado mensalmente o projeto “Vem Passarinhar nas Montanhas de Teresópolis”, geralmente na sede de Santa Rita, no Segundo Distrito, onde é possível conhecer melhor a avifauna da região. A iniciativa oferece o conhecimento da biodiversidade da UC, promovendo diálogos sobre preservação e gerando o sentimento de proteção. As primeiras 300 espécies catalogadas na área do PNMMT podem ser vistas no livro AdmirAves ( https://bit.ly/admiraves-pnmmt ).

É preciso estar atento
Nem sempre é possível observar todas as espécies em um mesmo roteiro, já que os hábitos das aves são diferentes, isso inclui desde o horário da observação até o microbioma. No último evento realizado no parque, foi possível registrar as seguintes espécies: Maria Faceira, Narceja, Garibaldi, Casaco de Coro, Curutiê, Suiriri, Marreco Ananoi, Lavadeira Mascarada, Pitiguari e Arapaçú. “O nosso objetivo é trazer visitantes para conhecer um pouco da biodiversidade do parque através das aves e assim também conhecer um pouco da nossa rica Mata Atlântica”, pontua Ricardo Mello, citando ainda que têm sido realizadas parcerias com propriedades rurais da região para oferecer ainda visitação e almoço para os participantes desse projetos, que pagam os serviços diretamente aos moradores da zona rural e assim garantem um novo tipo de fonte renda na região de Santa Rita.

Veja mais no Instagram

  • Parque Montanhas @pnm.montanhasdeteresopolis
  • Ricardo Mello @img_biodiversidade
  • Vinícius Neto @vida_debiologo


Edição 04/05/2024
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