Quando o atual governo foi eleito, em 2018, havia grande expectativa de mudanças, de algo realmente diferente. Afinal, um dos focos da campanha era “combater a velha política”. Mas, entrando no sexto ano da chamada “gestão”, é bem fácil perceber que pouco ou quase nada mudou ou foi feito de diferente. Um dos muitos exemplos que o “novo já nasceu velho” é a atenção dada a localidades do interior, ou mesmo na zona urbana, onde não há calçamento. Mais uma vez após uma tempestade, centenas de pessoas estão tendo dificuldade para exercer o direito constitucional de ir e vir. Nesta quarta-feira, O Diário recebeu pedido de ajuda do Santana, Parque Brejal, Boa União e Granja Florestal.
Em Santana na região de Santa Rita, no Segundo Distrito, foi feito um reparo emergencial duas semanas atrás, insuficiente para evitar que a principal estrada da localidade ficasse intransitável novamente. “Hoje me deparei com essa situação desagradável meu esposo não pode me levar pra casa depois que eu saí do médico, porque tivemos máquina na rua pra consertar, mas o conserto ficou assim. Enquanto a rua não receber asfalto iremos ter sempre os mesmos problemas. Estou no quarto mês de gestação e me preocupo com o momento em que o bebê for nascer”, relatou a leitor Ana.
Ainda no Segundo Distrito, mas em outro canto do município, mais próximo da rodovia BR-116, Parque Brejal e Boa União também sofrem com a precariedade no calçamento. “As ruas estão cheias de buracos e mato ao redor das ruas de acesso estão atrapalhando a visibilidade dos motoristas. É um descaso o que a prefeitura faz com nossa região”, relatou um morador. A situação só não é pior porque, algumas semanas atrás, residentes nessas localidades se uniram para realizar capina.
Na área urbana, quem mora na Estrada da Tabatinga, na região da Granja Florestal, continua sem acesso quando chove. “Mandaram passar uma máquina, aí choveu e ficou um lamaçal. Crianças não vão poder ir às escolas, ninguém consegue passar. Tinha colocar camada bica corrida pelo menos. Salaco também passou máquina e está mesmo problema”, pontua Losenir Oliveira.
Desde as primeiras horas da manhã, equipes da secretaria de Obras e Serviços Públicos trabalham para tentar resolver problemas gerados pela tempestade de terça à noite. Porém, devido ao grande volume de ocorrências e o reduzido efetivo de tão importante pasta, é provável que a maioria das situações só seja solucionada ou pelo menos amenizada nos próximos dias. É torcer para não chover para não piorar ainda mais o caos nas zonas urbana e rural do município. Demandas dos bairros podem ser encaminhados para o “Diário Comunidade” no WhatsApp 2742-9977.