Nesta sexta-feira, 22, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Rio de Janeiro anunciou que o abastecimento dos postos foi normalizado. No final da noite de quinta e manhã de sexta, após os motoristas de caminhões iniciarem movimento de protesto em frente à Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, moradores de municípios como Teresópolis e Nova Friburgo iniciaram verdadeira “corrida” para conseguir encher os tanques de sues veículos – temendo longa paralisação como ocorreu pouco mais de três anos atrás. Na quinta, porém, o movimento foi curto.
“Desde as primeiras horas de hoje, um movimento de tanqueiros está impedindo a entrada de caminhões nas bases de abastecimento de Campos Elíseos, que fecharam as portas para evitar tumulto e depredações. Sem apresentar demandas para as companhias distribuidoras, os caminhoneiros protestam contra os altos preços dos combustíveis”, divulgou o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Rio de Janeiro na quinta-feira. Ainda de acordo com o Sindicato, os caminhoneiros irão manter as entregas dos combustíveis normalmente durante este fim de semana.
Em Teresópolis, os postos que têm preços mais em conta foram os primeiros a verem seus estoques esgotarem. Em seguida, com a preocupação na possível demora para o reestabelecimento do serviço, mesmo os que estavam cobrando bem acima dos R$ 7 pelo litro da gasolina comum registraram longas filas durante a manhã desta sexta-feira. Em alguns locais, motoristas, além de encherem o tanque do veículo, levaram galões.
Promessa de ajuda
Temendo protestos contra o seu governo, o presidente Jair Bolsonaro anunciou na quinta-feira (21), que pretende pagar um auxílio a cerca de 750 mil caminhoneiros para compensar o aumento do diesel. Segundo ele, os números relacionados à medida serão informados nos próximos dias. "O preço do combustível lá fora está o dobro do Brasil. Sabemos que aqui é um outro país, mas grande parte do que consumimos em combustível, ou melhor, uma parte considerável, nós importamos e temos que pagar o preço deles lá de fora. Decidimos, então, atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Fazemos isso porque é através deles que as mercadorias e os alimentos chegam nos quatro cantos do país”, disse o presidente. Horas após a agenda em Pernambuco, durante sua live semanal nas redes sociais, o presidente voltou a comentar a medida e acrescentou que o programa de apoio aos caminhoneiros deve pagar um auxílio de R$ 400 por mês, ao custo de R$ 3 bilhões.
O último reajuste definido pela Petrobras no preço do diesel entrou em vigor no dia 1º de outubro. O combustível acumula alta de mais de 30% este ano. Até a semana passada, o preço médio do produto vendido nos postos era de R$ 4,97, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).