O calor acima da média registrado em 2024 é apontado como responsável pelo um impressionante aumento do número de casos e mortes por dengue no país, com aproximadamente 1600 vítimas fatais em consequência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypiti. Em Teresópolis, até esta quarta-feira (1º) já haviam sido feitas 1117 comunicações, sendo que em todo o ano de 2023 foram apenas 50 confirmações da doença. Este ano, Petrópolis é o município serrano com mais casos, 4161. Em Nova Friburgo, até agora foram 3221. E, apesar de segundo lugar com mais confirmações, o município que divide com Teresópolis a rodovia RJ-130 é o que teve mais mortes este ano, 20. Em Petrópolis foram 10 e, em Teresópolis, quatro óbitos. A pequena São José do Vale do Rio Preto teve até o início do mês de maio 555 casos e uma morte registrada.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, nas últimas semanas têm caído bastante o número de confirmações, passado o período mais quente do ano e propício à proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypit. A Secretaria de Saúde de Teresópolis tem informado que disponibilizou, de maneira emergencial, a sala de hidratação 24h na Unidade de Cuidados Intermediários em Saúde Dr. Eitel Abdallah, no bairro de São Pedro, para a recuperação plena dos pacientes que testaram positivo para a doença, informa a PMT. Em casos de sintomas como manchas vermelhas no corpo, febre alta, dor no corpo e vômito, procure uma de nossas unidades de atendimento 24h como a UPA24h, o SPA Bonsucesso ou a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Eltel Abdallah, no bairro de São Pedro.
Brasil vai usar bactéria no combate à dengue
Seis municípios devem receber em julho as primeiras solturas de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia: Uberlândia em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo, Joinville, em Santa Catarina; e Natal, capital do Rio Grande do Norte. No ano que vem, a estratégia será adotada em mais 22 municípios de Minas Gerais. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro país a incorporar a tecnologia como política pública para reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo.
O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela e, quando se reproduzem, os mosquitos passam a bactéria para outros, fazendo com que menos insetos possam transmitir doenças para os seres humanos.
Antes da soltura dos mosquitos, há uma etapa de engajamento comunitário pois, inicialmente, a comunidade tem a percepção de que o número de mosquitos aumentou na região. “Além disso, onde se solta o mosquito, não se pode aplicar inseticida, porque o método se baseia na mudança de população, substituindo mosquitos que têm a wolbachia por aqueles que não têm”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.