O primeiro temporal da estação mais quente do ano, o Verão, fez moradores de diversos bairros de Teresópolis ficarem preocupados na tarde desta terça-feira, 22. Até o início da noite, a Secretaria Municipal de Defesa Civil, havia registrado as seguintes ocorrências: uma queda de árvore, uma queda de muro, dois pequenos deslizamentos sem vítimas, desalojados ou desabrigados, e vários pontos de alagamento. Os maiores volumes de chuva registrados foram nos bairros Quinta-Lebrão e Caleme, com 37 mm/h e 32 mm/h, respectivamente. Durante a chuva, a estrada RJ-130, que liga Teresópolis a Nova Friburgo, ficou interditada na altura de Vieira, por conta da queda de um poste e árvores, e a Serra da BR-116, a Rio-Teresópolis, ficou fechada por cerca duas horas. A CRT, concessionária responsável pela administração da via, tomou a atitude como medida de prevenção devido ao risco de escorregamento de terra e pedras das encostas da Serra dos Órgãos – como já ocorreu em anos anteriores, causando inclusive mortes. Alguns minutos antes da interdição da pista, um leitor do jornal O Diário e Diário TV registrou em vídeo o grande volume de água descendo das paredes ao lado da pista, que ganhou dezenas de “cachoeiras” nas proximidades do mirante do Soberbo. “Com relação às sirenes, não houve acionamento para mobilização. O acionamento antes da chuva aconteceu em alguns pontos para emissão de alerta da mesma. A Defesa Civil Municipal encontra-se em estágio de atenção”, informou a PMT no final da tarde.
Quem passou pela Avenida Rotariana se impressionou com o volume do Rio Paquequer visto da ponte nas proximidades da portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, com o grande volume de água que desceu da parte alta da unidade de conservação ambiental cobrindo todos os bancos e mesas da área de lazer e, do outro lado, criando um espetáculo natural na queda embaixo da antiga ponte da linha férrea. Ainda na região do Alto, a Feirinha e as principais vias do bairro ficaram embaixo d´água.
Tenente e Pimenteiras
Dois bairros onde os alagamentos voltaram a ocorrer foram a Tenente Luiz Meirelles, no trecho do Bom Retiro, e Pimenteiras. A Rua Guandu, que dá acesso aos quartéis dos Bombeiros e Polícia Militar, virou um rio. “A rua dos batalhões segue com problemas de alagamento. A única mudança, segundo os moradores, foi o aumento no número de empreendimentos com mais de três andares (mais de 20) que ajudam a impermeabilizar mais o solo levando mais problemas para a região que também não possui tratamento de esgoto. O prefeito prometeu acabar com o alagamento para beneficiar principalmente a passagem das viaturas de emergência da cidade que ficam no final da rua e tem dificuldades de passar no alagamento, mas parece que nem PM e Bombeiros puderam contar com sua palavra. A via que foi asfaltada atrás dos batalhões também já apresenta inúmeros buracos já que não recebeu obras de drenagem. Se nada for feito e o bairro continuar sendo invadido sem o devido cuidado ambiental, o bairro de Pimenteiras está condenado à morte o que não lembra nem de longe a cidade de Gramado que o prefeito tanto fala”, relatou a O Diário uma moradora da via.
Interior
Novamente localidades do Terceiro Distrito de Teresópolis registraram problemas devido às chuvas mais fortes. Em Santa Rosa, por exemplo, o transbordamento do curso d´água ocorreu mais uma vez, assim como duas semanas atrás. Nos Frades, também acessado pela rodovia RJ-130, o volume do rio de mesmo nome transformou a famosa cachoeira da localidade consideravelmente, assustando pela quantidade e cor da água.