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Sistema de alerta sonoro para desastres naturais implantado em Guapimirim

Equipamentos estão sendo instalados em cachoeiras, para diminuir riscos com as cabeças d´água

A partir da próxima semana a cidade de Guapimirim contará com um Sistema de Alerta Sonoro para desastres naturais. A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Defesa Civil (SSEOP), está instalando sirenes em cachoeiras, poços e regiões que, durante as fortes chuvas, são atingidas pela enxurrada, mais conhecida como cabeça d’água. Segundo a SSEOP, o Sistema de Alerta Sonoro será composto por seis equipamentos posicionados em locais estratégicos. Sendo assim, os acessos à Cachoeira do Escorrega e ao Vale da Lua – ambos na Barreira, e a Rua Mangaratiba, em um ponto próximo à ponte sobre o Rio Soberbo, no Centro, foram os primeiros.
No entanto, até o dia 16, o Poço da Laje, a Cachoeira do Zé Maluco, no Limoeiro, e o final também da Rua Mangaratiba, porém com direção ao bairro Limoeiro, receberão as outras três sirenes. “Até o dia 18, realizaremos os testes necessários para avaliarmos o alcance sonoro e a funcionalidade de todos os dispositivos, observando também como estes se comportam em diferentes condições climáticas, pois o pleno funcionamento do sistema é de grande importância para desencadear ações proteção à população e prevenção a desastres de enxurrada”, destacou o subsecretário da SSEOP, Matheus Lopes. 

O equipamento
As sirenes são de acionamento manual. Para ligá-las, o agente precisa se deslocar até o ponto em que o equipamento foi instalado. Além disso, realiza uma conferência presencial, ou seja, observa se há ou não presença de banhistas ou moradores que precisam ser retirados rapidamente de suas residências.

Trabalho preventivo
Por meio de uma parceria com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), a Defesa Civil Municipal também consegue agilizar as ações e informar à população de Guapimirim sobre a ocorrência de chuvas fortes na parte mais alta da Serra, o que afeta diretamente cachoeiras e rios da cidade, aumentando o volume de água nesses locais. Em janeiro deste ano, um episódio catastrófico conseguiu ser evitado por conta dessa colaboração. Após contato com agentes do PARNASO, a Defesa Civil Municipal – com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar – realizou a evacuação completa das cachoeiras, onde mais de mil pessoas curtiam o dia de sol. Porém, três banhistas ignoraram os alarmes e sinais verbais, retornando ao “Poço dos Padres”, na Barreira, quando foram surpreendidos por uma cabeça d’água.
Por esse motivo, é importante ressaltar aos banhistas, que utilizam as cachoeiras e rios de Guapimirim, sobre a necessidade de estarem atentos aos alertas emitidos pelos alarmes ou por agentes municipais para que todos sejam retirados, o mais rápido possível, e direcionados a lugares seguros. “Com as sirenes, esse trabalho estará completo e poderemos agilizar ações de evacuação, resguardando vidas”, completou Lopes.

Mortes na região
Em 2008, sete pessoas morreram no município, após uma cabeça d’água atingir o Rio Soberbo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o grupo visitava uma das cachoeiras da cidade e foi surpreendido por uma forte enxurrada. Ainda segundo relatos, um barulho foi ouvido e pedras rolaram. Infelizmente, algumas pessoas foram levadas pela correnteza e vieram a óbito. Entre as vítimas estavam uma criança e um idoso. No ano seguinte, outra criança foi vítima das cabeças d’água.

 

 

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Edição 28/11/2024
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