Wanderley Peres
Os candidatos a prefeito não queriam prometer hospital e tiveram que se apropriar da promessa do candidato Leonardo, virando um sonho da cidade. Agora, passada a campanha, o prefeito eleito gostou tanto do discurso que não o abandonou e já está tomando as providências para realizar o sonho do teresopolitano. “Esse hospital vai vir, porque não foi promessa, e sim compromisso”, garantiu Leonardo em entrevista a O DIÁRIO nesta segunda-feira, 21, assunto que repercutiu nas redes sociais, com os internautas elogiando a firmeza de propósito, ou criticando o lugar escolhido. Por telefone, diversas pessoas se manifestaram, também, querendo saber mais sobre o assunto, muitos compartilhando a página do jornal com a entrevista, e dando opinião sobre o local escolhido, concordando com os argumentos do prefeito eleito, por ser o local em avenida de bom fluxo e o local de fácil acesso.
“Seja no Alto ou em qualquer outro lugar, o importante é que o Leonardo cumpra com sua promessa”, opinou Sônia Garcia. “Se o projeto for realmente feito, esse prefeito vai tirar onda”, emendou Renato Aguiar. “O importante é fazer o hospital independentemente do local, é disso que a gente precisa”, completou Paloma Hiath. Leitor assíduo do Diário, sempre com as suas opiniões relevantes, Moacir Veiga achou um erro o local. “Sem estacionamento, local de acesso ruim, rua estreita e dependendo de desapropriações, terreno pequeno. Mas o projeto inicial seria no Cemusa?”, pergunta. Beique San, que foi candidato à Prefeitura, opina que antes de se pensar em construir hospital tem que melhorar e ampliar a assistência primária de saúde. “O Abdala é uma vergonha. O Cemusa pode voltar ao atendimento de 24 horas, podem ser implantadas bases familiares comunitárias, pois tudo isso funcionando se consegue uma melhor triagem para que casos de dor de barriga não tenham que ir parar nos hospitais”.
Confirmando que, inicialmente, enquanto o sonho do hospital público vai se realizando, de imediato vai ser adaptado o Cemusa para receber leitos CTI, para desafogar os hospitais e acabar com a transporte de doentes que existe hoje na Saúde, Leonardo deu prazos para o cumprimento da promessa.
“Creio que em dois anos a dois anos e meio a obra de engenharia, de construção dele já vai estar pronta ou quase pronta. Depois, entramos em um segundo momento, que é de equipar o hospital e habilitá-lo no Ministério da Saúde. A gente pretende que, logo no início dele pronto, como o prédio, a gente já comece a habilitar a maternidade. É o primeiro passo: o serviço de maternidade funcionando. E depois, degrau a degrau, eu tenho certeza que ele estará totalmente habilitado e funcionando”, explicou bem. Sobre o investimento, o prefeito eleito disse que a construção do hospital ficará em torno de 20 a 25 milhões, dependendo do que encontrar no estudo de solo do terreno escolhido, que é da municipalidade. “Depois, mais um tanto desse para equipar. Hoje nós temos grande certeza, só vai depender de estudo do terreno, que será aquele em frente ao Hospital São José. Vai ser ali naquela grande área, para que tenha até 200 leitos, entre CTI, internação, UTI infantil e tudo mais. Me preocupei em ser ali porque é de fácil acesso, rápido de chegar, e onde já tem um hospital, porque não provoca o impacto de vizinhança, como poderia provocar o hospital em lugar onde não tem o mesmo tipo de movimento ou fique em bairro com ruas apertadas. Ali não, é na entrada da cidade, de frente para avenida com bom fluxo de veículos”, deixou bem claro o eleito.
Sobre a origem dos recursos, que muitos duvidam que serão conseguidos, porque emendas já vieram para Teresópolis nos últimos anos, específicos para diversos projetos, como os R$ 2 milhões do Canil que não saiu, Leonardo disse de onde virá o dinheiro.
“Amigo de Teresópolis, o deputado Marcello Crivela já garantiu entre 10 e 11 milhões, o Dimas Gadelha, 9 milhões; o deputado Murilo Gouveia, a Soraya Santos, vários estão interessados em ajudar e tem esses recursos em emendas parlamentar que podem mandar para onde quiserem. Eu tenho certeza que a gente faz esse hospital sem um real do município. A bancada do Rio de Janeiro, com vários deputados amigos nossos e que querem ajudar Teresópolis, todos vão ajudar, afinal qual deputado não quer contribuir com a construção de um hospital?”
Lembrando que terá também que transformar os diversos aparelhos da saúde em Teresópolis, cuidando da casa porque tudo está desleixado, Leonardo disse que já está fazendo contatos para aumentar os tetos de receitas do SUS para melhorando as condições para a prestação dos serviços, e mesmo implantar telemedicina, fazer a Casa do Autista lá no Alto. “Dentro do governo de transição já estamos criando o programa de 100 dias, anunciando o que vamos fazer nos primeiros três meses de 2025. E, depois, serão as metas dos outros 100 dias e assim por diante. Tem muito o que fazer e não se pode acomodar”.
