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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Aumenta o número de golpes aplicados através das redes sociais

Estelionatários se aproveitam da empolgação das compras de fim de ano para lucrar

Com a chegada do Natal não vem somente o espírito natalino, as comidas boas e a expectativa de um fim de ano diferente e solidário, mas também os golpistas que se aproveitam da injeção de dinheiro com o décimo terceiro salário para tentar lucrar ainda mais com o suor do próximo. Como ocorre todos os anos, tem crescido o número de registros de ocorrência de estelionato na 110ª Delegacia de Polícia, com boa parte deles envolvendo compras ou promessas de lucro financeiro. Em um dos casos comunicados nos últimos dias, por exemplo, a vítima informou ao plantonista da PCERJ que havia entrado em um site que supostamente seria do Botafogo com a intenção de comprar um presente de Natal do Glorioso, que acaba de se sagrar campeão da Libertadores da América. Porém, a página acessada por ele, apesar de parecer, não tem ligação com a do clube carioca. No final das contas, ele ficou no prejuízo em R$ 221,04. Outro caso comunicado na delegacia local envolve uma compra supostamente feita no site das Casas Bahia, causando prejuízo de R$ 1.800,00.
Esses são apenas dois dos muitos exemplos que se deve ter muita atenção na hora de acessar sites ou links enviados através das redes sociais. Além de verificar se o endereço é o verdadeiro, desconfiar de valores abaixo do praticado no mercado. No caso da camisa do Botafogo, por exemplo, na página do clube e na fornecedora de material esportivo, custa R$ 349,00. Dessa forma, o preço encontrado pelo teresopolitano que acreditou na “promoção” estava muito abaixo do sabidamente comercializado.

Golpe do “filho fake”
“Oi Mãe! Armazena meu número novo. O outro ficará somente para trabalho, ok?!”. Assim começa uma conversa que pode terminar em grande prejuízo caso a pessoa não esteja atenta. Ela foi enviada via Whatsapp para uma cozinheira que inicialmente acreditou que estava falando com um dos seus três filhos e, que, caso não tivesse conseguido falar com o “de verdade”, poderia ter perdido R$ 2.345,00. Na continuidade da conversa, o golpista alegava ter tido a senha eletrônica bloqueada e que precisava do valor para pagar uma conta. Como a vítima disse que não sabia realizar transferência bancária, o estelionatário informou que emitiria um boleto para pagamento, que poderia ser feito até no dia seguinte. Quando o filho que havia tido a foto capturada para a utilização no golpe entrou em cena, o “171” parou de responder as mensagens.
Os golpes geralmente são bem elaborados, no entanto, o modus operandi dos criminosos é semelhante, de forma que é possível escapar de fraudes seguindo recomendações simples e atentando para alguns detalhes. Para Fábio Assolini, analista de segurança sênior da Kaspersky, “antes de concluir qualquer transação, é importante confirmar a autenticidade da história com o dono da conta por meio de um canal não acessível ao golpista. Vale enviar uma mensagem via WhatsApp ou fazer uma ligação telefônica, por exemplo”. Outra recomendação é observar os dados da chave Pix informada pelo criminoso. Segundo Assolini, “o envio de uma chave registrada em nome de terceiros é um dos indícios mais fortes de que se trata de um golpe”. Para evitar cair nos golpes via Whatsapp, ou qualquer outro meio, a dica principal é sempre desconfiar da facilidades ou histórias contadas e buscar a ajuda de terceiros, se necessário, antes de liberar qualquer tipo de valor.

Edição 19/12/2024
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