A Educação Especial é uma área indispensável do ensino e ferramenta necessária para inclusão de crianças e jovens que tenham algum tipo de deficiência, promovendo o direito à aprendizagem para esta parcela da sociedade. Pensando nisso, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), por meio da Subsecretaria de Planejamento e Ações Estratégicas (SUBPAE), promoveu uma reunião com educadores da rede para tratar do papel do professor articulador pedagógico junto à Educação Especial. A rede estadual tem mais de 11.500 alunos matriculados na Educação Especial e a ideia é que o professor articulador forneça apoio pedagógico a eles em sala de aula regular, além do uso de tecnologias, como explica a subsecretária de Planejamento e Ações Estratégicas, Myrian Medeiros.
“Queremos garantir que nossos alunos tenham cada vez mais autonomia e acesso à educação inclusiva, fazendo uso de soluções diferenciadas. A tecnologia assistiva refere-se a um conjunto de recursos e serviços que visam promover a funcionalidade, independência e inclusão de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Esses recursos incluem dispositivos, equipamentos, sistemas e estratégias que auxiliam na realização de tarefas diárias e na superação de barreiras impostas por limitações físicas ou mesmo sensoriais”, afirmou a subsecretária.
Durante a reunião também foi apresentada uma proposta para uso de tecnologia voltada para concentração por meio de sensores, além de uma plataforma e cursos de capacitação. A proposta foi apresentada pela empresa que atendeu ao chamamento público da Seeduc, divulgado no Diário Oficial do dia 24 de outubro para tratar de novas tecnologias na promoção da aprendizagem da Educação Especial.
A secretaria vem investindo mais recursos na área desde 2022. Em 2023, além da realização do primeiro workshop de tecnologias assistivas, mais de R$ 10 milhões foram destinados às escolas para a montagem das 328 salas de recursos multifuncionais e entrega das 350 mesas interativas, que permitem ao professor acompanhar a evolução dos alunos. Neste ano, a fila de espera para cuidadores de alunos com necessidades especiais foi zerada na rede estadual, após a contratação de 1.200 profissionais. Além disso, a Seeduc realiza ações ao longo do ano, como cursos de especialização e trilhas formativas.
O superintendente de Educação Especial da Seeduc, Daniel Bove, falou da importância dessas novidades para o avanço do ensino dos jovens. “Aproveitamos para apresentar a ideia de uma nova tecnologia usada para ampliar a capacidade de concentração. É um treinamento mental focado em técnicas de relaxamento e concentração que em termos pedagógicos pode ser usado com alunos com diagnósticos de déficit de atenção e outros transtornos neurodivergentes. Os resultados são monitorados pela tecnologia e acreditamos que esse treinamento trará benefícios no processo de ensino-aprendizagem”, afirmou o gestor.
A ideia apresentada e sua eficácia será discutida internamente e analisada pelos gestores da área para possível implementação, mas vale lembrar que a Seeduc já vem investindo em tecnologia na rede, como, por exemplo, as mesas interativas (tecnologia assistiva), que estão sendo usadas pelos estudantes em todo o estado, auxiliando professores e a equipe especializada. Este importante equipamento é usado para mapear o ensino dos alunos, ajudando o corpo pedagógico no desenvolvimento de atividades para eles. Além de equipamentos, a área também conta com recursos humanos capacitados, como profissionais de apoio, cuidadores e intérpretes de libras.
O superintendente destacou ainda que o evento serviu para nivelar todo o conhecimento das ações produzidas pela área e que é por meio das avaliações pedagógicas dos professores presentes no encontro que a Seeduc é alertada quanto à necessidade dos estudantes, a fim de que sejam providos os recursos necessários, como a adaptação curricular, salas de recursos, cuidadores, intérprete de libras, entre outros. “Quem determina o que o aluno precisa são esses professores que estavam no evento”, completou.
Participaram da reunião os diretores regionais pedagógicos e administrativos da rede, coordenadores de Ensino, professores das salas de recursos multifuncionais e professores do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – NAPES, área que lida diretamente com os estudantes da Educação Especial.