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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura “retoma” o Borboletário de Teresópolis

“Espaço será administrado pela secretaria de Meio Ambiente e aberto ao público”, informa SMMA

Teve novo capítulo a discussão sobre a administração do Borboletário de Teresópolis, construído ao custo de R$ 200 mil com dinheiro do Fundo Municipal de Proteção ao Meio Ambiente e instalado no Horto Municipal, no bairro Carlos Guinle. Nesta quinta-feira (09), equipes de secretarias municipais, acompanhados da Guarda Civil Municipal e Polícia Militar, acessaram o espaço que até então estava sob a responsabilidade de uma ONG e vinha sendo mantido fechado nas últimas semanas. “Fizemos uma ação conjunta envolvendo as secretarias de Meio Ambiente, Obras e Governo, além de ter apoio da Procuradoria, PM e GCM, para realizar a entrada no Borboletário. A ação foi oficiada à ONG Tereviva, que também foi requerida sobre a documentação pertinente da origem dos animais e licença ambiental para funcionamento desse espaço”, explicou ao Diário o Subsecretário de Meio Ambiente, José Kalil, citando ainda cuidados com as borboletas mantidas na estufa. “Essa é a preocupação número um, como esses animais estão sendo mantidos aqui dentro, para manter sua integridade”, pontuou.

Temos Biólogos, profissionais capacitados, que ficarão responsáveis pela manutenção desse espaço. Em breve vamos fazer a reabertura, com a presença do prefeito Leonardo Vasconcellos, para entregar esse equipamento público novamente à população”, relatou José Kalil ao Diário. Foto: Gilberto Oliveira / O Diário

O debate ganhou repercussão no dia anterior, quando o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Maia, divulgou vídeo questionando a administração do espaço, que estaria fechado há várias semanas e, anteriormente, sido estipulada cobrança para visitação. Tendo como responsável a ONG Tereviva, o borboletário, batizado de “Asas Polinizadoras”, foi um dos sete projetos contemplados pelo Edital Público nº 01/2022, do Fundo Municipal de Proteção Ambiental de Teresópolis. A iniciativa inclui estufa de floricultura, pupário/berçário e um circuito acessível de convivência e, segundo informado pelo município, depois de concluído espaço deveria ser entregue à gestão pública. O responsável pela organização teria sido questionado sobre a documentação do convênio e não a apresentado nas reuniões na SMMA. O caso foi registrado na 110ª Delegacia de Polícia.

Promessa da SMMA é reabrir o espaço nos próximos dias, com equipes da própria secretaria. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

Ainda segundo o Subsecretário de Meio Ambiente, o Borboletário será administrado por servidores da pasta. “Temos Biólogos, profissionais capacitados, que ficarão responsáveis pela manutenção desse espaço. Em breve vamos fazer a reabertura, com a presença do prefeito Leonardo Vasconcellos, para entregar esse equipamento público novamente à população”, relatou José Kalil ao Diário na manhã desta quinta-feira.

Espaço estava trancado nas últimas semanas, sendo aberto pelas equipes da prefeitura nesta quinta. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

Posicionamento da ONG Tereviva
Em nota encaminhada ao jornal O Diário, a Tereviva disse que “tem serviços prestados há mais de 30 anos com seus projetos ambientais em Teresópolis e em toda a região com qualidade técnica e transparência na prestação de contas”. A ONG destaca ainda ter recebido quase duas mil crianças da de pública municipal, de forma totalmente gratuita, e que “o espaço sempre foi franqueado ao público mesmo sem nenhum apoio da prefeitura, que era previsto no convênio”. A Tereviva informa também que “contribuiu com robustas contrapartidas para a construção e o funcionamento do borboletário e que sempre abriu suas portas ao público”. No documento Ricardo Raposo alega ainda “que não é um bem publico, é da Tereviva”.

Ong Tereviva informa ser proprietária do equipamento, criado após liberação de recursos do município. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

Sobre o fechamento nos últimos dias, Raposo alega que o espaço, assim como o Horto, teve problemas em consequência das chuvas fortes, e que “sempre que não tem um responsável ou os voluntários que trabalham lá é óbvio que as portas têm que se manter fechadas porque as crianças ou qualquer pessoa pode abrir a porta e nós temos responsabilidade com os animais e os pertences que estão lá dentro”.
Finalizando o documento, o presidente da Tereviva diz estar à disposição do governo municipal, que mantém convênio ativo autorizado pelo COMDEMA – Conselho Municipal de Ambiente e que a requisição deve ser feita através de um procedimento administrativo e que “o equipamento está num terreno público, mas que pertence a Tereviva de forma civilizada e dentro da legalidade”.

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Edição 10/01/2025
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