Marcello Medeiros
Plantonistas da 110ª Delegacia de Polícia receberam, na última terça-feira (03), mais duas vítimas do golpe do falso advogado em Teresópolis – onde os estelionatários se passam pelos representantes legais e informam que a pessoas têm direito a receber o valor de um processo, mas que para tal precisam pagar as custas judiciais. Em uma das ocorrências, a vítima perdeu R$ 7.762,67 acreditando que receberia uma causa no valor de R$ 54 mil. Também esteve no setor de plantão de plantão da Polícia Civil um advogado comunicando que seus clientes têm sido procurados por uma pessoa se passando por ele, com a mesma história de ‘liberação de processos’.
Nessas situações, os estelionatários buscam os dados dos processos na Justiça para parecerem legítimos, entram em contato com as pessoas envolvidas em tais causas, pedindo pagamentos antecipados sob falsas justificativas, como a liberação de eventuais sentenças ganhas, o andamento da ação ou o pagamento de tributos. Recentemente, o presidente da 13ª Subseção da OAB Teresópolis, Édio de Paula, falou à Diário TV sobre a situação e orientou como os clientes que ainda não foram vítimas do golpe devem agir. “Se forem procurados por telefone ou por WhatsApp por pessoas que se identificam como advogados ou escritórios de advocacia, devem procurar pessoalmente seu advogado antes de pagar qualquer quantia”, explica, ressaltando que essa é a maneira mais segura para prevenir golpes. Já para as pessoas que foram vítimas dos estelionatários, a orientação é realizar o boletim de ocorrência para que as autoridades competentes possam estar investigando e analisando a situação para, assim, buscarem os golpistas.
Além do cliente, também é necessário que o próprio advogado seja orientado sobre o que fazer caso sua imagem ou seu nome seja utilizado no golpe. “A nossa orientação da OAB é para que também seja realizado o registro de ocorrência, além de comunicar seus clientes previamente para ficarem cientes do golpe para não serem vítimas”, orientou a vice-presidente da OAB Teresópolis, Gisele Victer.

‘Golpe do gás’
Outro crime do tipo registrado recentemente na delegacia teve como vítima uma moradora do Bom Retiro, que alegou ter recebido em casa duas mulheres que informaram ‘ser da prefeitura’ e estar realizando um cadastro para quem quisesse receber um ‘auxílio gás’. Dias depois, descobriu que, na verdade, havia caído em um golpe: havia sido feito um adiantamento do 13º no valor de R$ 155,25 e um empréstimo de R$ 17.955,79. O dinheiro obtido ilicitamente foi enviado para quatro pessoas.
Golpe em porta de banco
Já uma idosa de 71 anos precisou de ajuda para imprimir um extrato, em uma agência do Bradesco na Várzea, e, no final, acabou ficando com um grande prejuízo. O rapaz que se ofereceu para ajudar na verdade realizou transferências no valor de R$ 6.558,62. Os dados de quem recebeu foram informados na 110ª DP.