Maria Eduarda Maia
A literatura tem um poder extraordinário na vida das pessoas, permitindo a exploração de diversas perspectivas e realidades. Através da leitura, além de despertar emoções e estimular a imaginação e a criatividade, é possível ampliar a nossa compreensão e percepção do mundo ao nosso redor, nos ajudando a refletir sobre diversas questões. Dessa forma, com o objetivo de ensinar as crianças sobre temáticas como a convivência, o estudante de medicina do UNIFESO, João Victor Aiello, redigiu o livro “A Borboleta Lagartuxa”, sendo finalista no Prêmio Profissionais da Música (PPM), que acontecerá no fim de junho, em Brasília, quando o autor irá receber uma moção de louvor na Câmara Legislativa do Distrito Federal e participar da cerimônia de premiação na categoria Livro Musical Infantil. O livro conta com áudio book produzido pela dupla Glorinha & Renato e ilustrações de Ingrid Macieira. “Eu espero vencer o prêmio porque eu tenho muita expectativa de que as pessoas gostem dessa temática que é ensinar as crianças a aceitar as diferenças, a aprender a lidar com a impaciência e ter mais calma nesse mundo em que vivemos tão conturbado hoje em dia”, contou João Victor, em entrevista à Diário TV.

Enredo e moral da história
O livro “A Borboleta Lagartuxa” aborda transformações e acolhimento, mostrando que todos passam por várias fases na vida. “A história se ambienta em um reino chamado Prosperolândia, até que chega uma personagem, que é a lagarta, que fica muito nervosa e acaba tirando a cor do reino, criando confusão com os personagens, dentre eles o João Castor, que no fundo sou eu. Assim, o reino começa a ter vários problemas e crises até que seja possível conseguir a paz novamente”, explicou o escritor e estudante de medicina, contando também que são incluídos os personagens da Dona Joaninha, que é a polícia do reino, e o prefeito do reino, o Senhor Lagartixa.

De acordo com João Victor, o livro deixa o ensinamento de que é preciso ter calma e aprender a respeitar o tempo de cada uma das pessoas. Além disso, ele também ressalta que, como estudante de medicina que anseia ser pediatra, considera importante a defesa de uma infância saudável e segura para as crianças. “Me inspiro muito em pediatras que se consideram ativistas da infância. Então, eu acho que a gente precisa que cuidem das nossas crianças para ter um futuro saudável. O fato de eu querer ser pediatra é para cuidar do futuro. Acaba sendo algo muito duro de se ver que existem tantas crianças sofrendo hoje em dia e que nosso futuro está adoecendo”, explicou o autor da obra.
Sobre o autor
João Victor Aiello, com 24 anos, começou a escrever com 12 anos, tendo como primeira obra um livro abordando uma memória familiar. “Eu escrevi em 2019 o primeiro livro que lancei em Niterói, já que sou de lá. Em 2022, lancei outro livro, que é a biografia do meu avô paterno, imigrante italiano”, pontuou, frisando que lançou seu livro infantil “A Borboleta Lagartuxa” em 2024 na Livraria da Travessa e Blooks, ambas em Niterói, além de ter sido usada como aula de Yoga infantil.

O acadêmico de medicina do UNIFESO também disse em entrevista ao Diário que a escrita sempre esteve presente em sua vida. “Por mais que eu faça medicina há três anos, eu considero muito a importância da literatura e da arte para a formação do médico, tanto como válvula de escape quanto para conscientização”, concluiu o jovem escritor, que também participou da Feira do Livro e da Cultura de Teresópolis, na ProArte, ocasião em que recebeu a Menção Honrosa Ziraldo. Caso esteja interessado na obra de Aiello, “A Borboleta Lagartuxa”, o Instagram para contato é @joao.aiello.escritor.