A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio de Janeiro (Abrasel) prevê que um em cada três estabelecimentos feche num prazo de seis meses pós-pandemia. Os impactos econômicos e a retomada do setor de bares e restaurante foi tema do debate promovido pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio de Janeiro (Abrasel). Durante a reunião, Pedro Hermeto, presidente da associação, falou sobre a cartilha lançada para guiar estabelecimentos e empresários no retorno das atividades no Rio e sobre a situação econômica e de funcionamentos dos integrantes do setor."A previsão que fizemos no início da pandemia está se confirmando. Em âmbito nacional, temos 1/4 dos estabelecimentos fechando. No Rio de Janeiro nós estimamos que caso se mantenha a situação como está, nós vamos ter um em cada três estabelecimentos fechando no município", destacou Hermeto.
A cartilha da Abrasel foi elaborada por um grupo de técnicos e cientistas especializados no assunto, além de seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde e de estar alinhada à legislação estadual e municipal. Entre as orientações estabelecidas na cartilha, lançada no mês de abril, está a orientação de um distanciamento mínimo de quatro metros quadrados entre as pessoas."É importante que nós criemos novas regras de convivência. São regras comportamentais culturais que vamos ter que mudar para se fazer uma retomada sanitariamente viável e responsáveis, de acordo com decretos de legislação do município e estadual", disse Hermeto.
O estado do Rio tem 15 mil bares e restaurantes vinculados à Abrasel, sendo 10 mil na capital. Para a secretária-geral do Fórum de Desenvolvimento, Geiza Rocha, é fundamental que os membros do setor entendam as mudanças e os protocolos da nova realidade de funcionamento, propondo uma parceria entre a Abrasel e o Fórum Capacita."A gente pode trabalhar numa parceria dissecando essa cartilha, porque é interessante trazer para os gestores públicos dos municípios essas novas regras. É importante termos um diálogo constante com a sociedade e o setor produtivo para poder fazer legislações que podem ser cumpridas e que mantenham as atividades funcionando", destacou Geiza.